Do sagrado ao profano: Luís de Camões como personagem em obras de Lobo Antunes e Mário Cláudio
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v11i23.30271Palavras-chave:
Camões, profanação, romance contemporâneo.Resumo
O presente texto busca demonstrar como os escritores portugueses António Lobo Antunes e Mário Cláudio transformaram Luís de Camões em personagem de seus romances – As Naus (1988) e Os Naufrágios de Camões (2017), respectivamente –, enfatizando, ainda que de maneiras bastante divergentes, sua condição frágil e humana. Escrevendo a partir dos rastros e das lacunas da biografia camoniana – embora não deixando de modificá-la e até mesmo hibridizá-la a outros contextos, como em As Naus –, os dois exploram diferentes possibilidades na figura de Luís de Camões, destruindo a aura que a leitura ideológica Salazarista impôs ao poeta e devolvendo-o ao uso comum. Nesse sentido, em ambas as obras, estamos diante de uma personagem camoniana profana que, mesmo dentro do âmbito ficcional – e talvez por isso mesmo –, contribui para repensarmos criticamente o lugar do poeta no Portugal de outrora e do presente, já que “não se trata somente de não se esquecer do passado, mas também de agir sobre o presente” (GAGNEBIN, 2006, p. 55).Downloads
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