La otra geografía de la favela en Becos da memória, de Conceição Evaristo
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v12i25.43350Palavras-chave:
Becos da Memória, Conceição Evaristo, Geografia Feminista, Feminismo Descolonial.Resumo
Este artículo reflexiona acerca de las relaciones existentes entre espacio y género, a través de la representación de la favela en la novela Becos da memoria (2006), de Conceição Evaristo. Mediante la Geografía Feminista es posible comprender que, unido a otras determinantes como clase y etnia, el género condiciona los vínculos de los seres humanos, constituyendo otros espacios, diferentes a los considerados por la geografía androcéntrica. En la narrativa, a partir del conflicto se originan formas de organización comunitaria lideradas por una mujer negra dotada de sabiduría. En razón de lo anterior, este trabajo pretende indagar sobre los movimientos afrodescendientes en naciones mestizas, incorporando los aportes del Feminismo Comunitario –organización de mujeres indígenas de América Latina– en comparación a la descolonización del territorio (cuerpo femenino y naturaleza) puesto que, la propuesta de Evaristo, al configurar un nuevo espacio social, que devuelve el poder político a las mujeres en las comunidades, propone un territorio de resistencia a la opresión colonialista en América Latina.
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A outra geografia da favela em Becos da memória, de Conceição Evaristo
Este artigo reflete sobre as relações entre espaço e gênero, através da representação da favela no romance Becos da memória (2006), de Conceição Evaristo. Por meio da Geografia Feminista, é possível entender que, juntamente com outros determinantes como classe e etnia, o gênero condiciona os vínculos dos seres humanos, constituindo outros espaços, diferentes daqueles considerados pela geografia androcêntrica. Na narrativa, a partir do conflito, emergem formas de organização comunitária lideradas por uma mulher negra dotada de sabedoria. Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo investigar os movimentos afrodescendentes nas nações mestiças, incorporando as contribuições do feminismo comunitário – organização de mulheres indígenas na América Latina – em comparação com a descolonização do território (corpo e natureza femininos), uma vez que a proposta de Evaristo configura um novo espaço social que restaura o poder político das mulheres nas comunidades, propondo um território de resistência à opressão colonialista na América Latina.
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Original em espanhol.
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