Gastão Cruz: testemunha do tempo
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v14i28.52455Palavras-chave:
Gastão Cruz, Arquivo, Intertextualidade, ModernidadeResumo
A intertextualidade, para além de mero recurso dialogante, é um aspecto fundador da poética de Gastão Cruz. O que significa dizer, em outras palavras, que a obra gastoniana não é devidamente compreendida se não à luz de outras vozes comunicantes com as quais se funde para a constituição de um discurso próprio. Assim, esse artigo busca descrever como tal poética pode ser compreendida como um arquivo da modernidade em Portugal, considerando a articulação das atividades de poeta e ensaísta crítico que Gastão desempenha. A figura do poeta-leitor é, portanto, reivindicada para pensar como os procedimentos críticos de leitura da obra de outros autores podem cumprir uma função criativa na sua arte de fazer versos. É também trazido à tona uma reflexão sobre a natureza do tempo e da morte na poesia de Gastão, o que nos conduz a uma abordagem mais ampla e problematizadora da ideia de arquivo.
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