Literatura e cinema: a tradução cinematográfica num poema de Paula Tavares
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v14i29.53186Palavras-chave:
semiótica, tradição, angola, cinema, poesiaResumo
O presente artigo focaliza a literatura angolana pós-independência e a sua relação com expressões artísticas cinematográficas. É na poesia de Paula Tavares, carregada de inovação e tradição, que investigaremos as formas de (re)escritura de elementos artísticos semióticos dentro do texto literário. Ao mesmo tempo em que busca o contato com o ancestral, Ana Paula Tavares utiliza de recursos poéticos e cinematográficos potencializando os sentidos no texto aqui analisado. Pelo viés da teoria semiótica, entendemos que o texto artístico possui linguagem própria, a partir de suas próprias regras e demandas, mas que interagem com outros sistemas culturais, e é através dessa perspectiva que a manutenção do diálogo entre culturas é proposta. Para isso, utilizamos as ideias de Lotman (1978), Diniz (1999), Plaza (2003), Barbosa (2009) e Machado (2001; 2007).
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