Os modos de ver na obra de Fernando Namora: ressonâncias entre a literatura, a pintura e o cinema
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v14i29.54726Palavras-chave:
Fernando Namora, Interartes, Pintura, CinemaResumo
Fernando Namora dedicou aproximadamente cinquenta anos de sua vida ao fazer literário, deixando uma obra significativa e com muitas faces, pois escreveu poemas, contos, romances, ensaios, relatos de viagem, dentre outros trabalhos. Além disso, o escritor pintava, fazia esculturas e escrevia roteiros de cinema, demonstrando um olhar atento para as diversas manifestações artísticas. Dialogando com essas inclinações, mas não se limitando a transpor a experiência vivida para a obra, é possível perceber que sua escrita se comunica com outras artes, permitindo que o leitor tenha uma experiência interartística ao se deparar com certas composições. Esse olhar múltiplo deixa transparecer em alguns de seus textos o observador e amante que foi, especialmente, da pintura e do cinema. Partindo desses encontros da literatura com outras produções artísticas e destacando, principalmente, a criação de imagens por meio das palavras, o presente artigo tem o objetivo de refletir sobre alguns momentos da produção do autor em que o encontro interartístico ressoa em seus textos, trazendo para a literatura marcas e recursos de outras artes.
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