Quando a Vênus é crioula: o canto da sereia, em Vera Duarte

Autores

  • Norma Sueli Rosa Lima Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v15i31.58204

Palavras-chave:

Vênus, Vera Duarte, Cabo Verde, Violência, Feminino

Resumo

Análise de A Vênus Crioula (2021), de Vera Duarte, na investigação da literatura cabo-verdiana que atualiza os mitos de sua fundação. Com Oyèronké Oyewùmí (2021), Toni Morrison (2019), Achille Mbembe (2020), Manuel Veiga (2019) e outros, investigo um possível contra-discurso crioulo para as construções ocidentais de gênero. Com efeito, a obra supracitada tanto dialoga com temas da diáspora e da violência contra a mulher do período colonial, quanto os recontextualiza contemporaneamente, inclusive em outras culturas africanas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Norma Sueli Rosa Lima, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Professora Adjunta do Departamento de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.

Referências

ABDALA JUNIOR, Benjamin. “Mundialização e comunitarismo: origens da consciência nacional da literatura cabo-verdiana”. In: COUTINHO, Eduardo de Faria (Org.). Fronteiras imaginadas: cultura nacional/teoria internacional. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2001, p. 273-285.

BERARDINELLI, Cleonice. Estudos camonianos: nova edição revista e ampliada. 2ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira: Cátedra Padre Antônio Vieira, Instituto Camões, 2000.

BRITO-SEMEDO, Manuel. Morna: música rainha de nôs terra. Lisboa: A Bela e o Monstro, 2019.

CARREIRA, António. Migrações nas ilhas de Cabo Verde, 2ª ed. Praia: ICL, 1983.

CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 10 ed., São Paulo: Global, 2001.

CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Tradução: Vera da Costa e Silva et alii. 13ª ed., Rio de Janeiro: José Olympio, 1999.

DIEGUES, Antonio Carlos. Ilhas e mares: simbolismo e imaginário. São Paulo: Hucitec, 1998.

DUARTE, Vera. A Vênus Crioula. Lisboa: Rosa de Porcelana, 2021.

DUARTE, Vera. “O canto da sereia ou a emergência da voz das mulheres na literatura cabo-verdiana”. In: GOMES, Simone Caputo (Org.). Contravento, Pedra-a-Pedra: Conferências do I Seminário Internacional de Estudos Cabo-verdianos. Praia: Biblioteca Nacional, 2015, p. 229-244.

GRIMAL, Pierre. Dicionário da mitologia grega e romana. Tradução: Victor Jabouille. 4ª ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000, p. 466.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil. 6ª ed., São Paulo: Brasiliense, 1994.

MATOS, Olgária. A melancolia de Ulisses: a dialética do Iluminismo e o canto das sereias. In: NOVAES, Adauto (Org.) Os sentidos da paixão. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 141-157.

MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. Tradução de Sebastião Nascimento, São Paulo: N-1 Edições, 2020.

MENARD, René. Mitologia greco-romana. Tradução: Aldo Della Nina. São Paulo: Editora Opus, 1997.

MONTEIRO, Elton. Portugal foi o destino de 60% dos cabo-verdianos que emigraram em cinco anos. Agência Lusa, 22/12/2022. Disponível em: https://observador.pt/2022/12/06/portugal-foi-destino-de-60-dos-cabo-verdianos-que-emigraram-em-cinco-anos/#:~:text=artigo%20%C3%A9%20publicado.-,Portugal%20foi%20destino%20de%2060%25%20dos%20cabo%2Dverdianos%20que%20emigraram,6%2C6%25)%20para%20Fran%-C3%A7a. Acesso: 22/02/2023

MORRISON, Toni. A fonte da autoestima: ensaios, discursos e reflexões. Tradução: Odorico Leal, São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

NOGUEIRA, Gláucia. Notícias que fazem a história: a música de Cabo Verde pela imprensa ao longo do século XX. Praia: Ed. do Autor, 2007.

NOGUEIRA, Gláucia. O tempo de B.Léza: documentos e memórias. Praia:

Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, 2005.

OLIVEIRA, Leonardo Davino de. De musas e sereias: a presença dos seres que cantam a poesia. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2021. Disponível em: https://antigo.bn.gov.br/sites/default/files/documentos/miscelanea/2021/cadbn18_digital_final-7972.pdf. Acesso: 23/02/2023.

OYEWÙMÍ, Oyèrónké. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Tradução: Wanderson Flor do Nascimento. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

SALÚSTIO, Dina. Condição de ilhéu. In: TOLENTINO, Corsino et alii (coord.). O ilhéu de Cabo Verde. Lisboa: Universidade Católica Editora, 2019, p. 37-51.

SILVA, Adalberto. “A insularidade maiense ao longo dos tempos”. In: TOLENTINO, Corsino et alii (coord.) O ilhéu de Cabo Verde. Lisboa: Universidade Católica Editora, 2019.

VEIGA, Manuel. “Metáforas do mar e do crioulo, do milho e da morna na idiossincrasia do ilhéu caboverdiano”. In: TOLENTINO, Corsino et alii (coord.). O ilhéu de Cabo Verde. Lisboa: Universidade Católica Editora, 2019, p. 199-207.

Downloads

Publicado

2023-11-30

Como Citar

Lima, N. S. R. (2023). Quando a Vênus é crioula: o canto da sereia, em Vera Duarte. Abril – NEPA / UFF, 15(31), 207-223. https://doi.org/10.22409/abriluff.v15i31.58204