Quando a Vênus é crioula: o canto da sereia, em Vera Duarte

Autores

  • Norma Sueli Rosa Lima Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v15i31.58204

Palavras-chave:

Vênus, Vera Duarte, Cabo Verde, Violência, Feminino

Resumo

Análise de A Vênus Crioula (2021), de Vera Duarte, na investigação da literatura cabo-verdiana que atualiza os mitos de sua fundação. Com Oyèronké Oyewùmí (2021), Toni Morrison (2019), Achille Mbembe (2020), Manuel Veiga (2019) e outros, investigo um possível contra-discurso crioulo para as construções ocidentais de gênero. Com efeito, a obra supracitada tanto dialoga com temas da diáspora e da violência contra a mulher do período colonial, quanto os recontextualiza contemporaneamente, inclusive em outras culturas africanas.

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Biografia do Autor

  • Norma Sueli Rosa Lima, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

    Professora Adjunta do Departamento de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.

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Publicado

2023-11-30

Como Citar

Quando a Vênus é crioula: o canto da sereia, em Vera Duarte. (2023). Abril – NEPA UFF, 15(31), 207-223. https://doi.org/10.22409/abriluff.v15i31.58204