“Os sinais estavam lá todos”: violências e abusos na novíssima ficção portuguesa – reflexões em torno de Apneia, de Tânia Ganho

Autores

  • Jorge Vicente Valentim Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v15i31.58669

Palavras-chave:

Violências, Abusos, Representações ficcionais, Novíssima ficção portuguesa, Tânia Ganho

Resumo

Este trabalho apresenta, num primeiro momento, uma breve reflexão sobre a relevância da efabulação do tema da violência e de seus respectivos ecos, seja na tônica da representação de abusos das mais diversas ordens, seja na efabulação da dinâmica dos seus efeitos colaterais. Em seguida, propõe-se uma leitura do mais recente romance da escritora portuguesa Tânia Ganho, Apneia (2020), destacando as representações de violências e abusos contra personagens femininas e infantis. Para tanto, tomaremos como suporte teórico alguns pressupostos de pensadores das Ciências Humanas, como Hannah Arendt (1985), Judith Butler (2021), Marie-France Hirigoyen (2010) e Zygmunt Bauman (2008).

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Biografia do Autor

Jorge Vicente Valentim, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Doutor em Letras Vernáculas (Literatura Portuguesa) pela Faculdade de Letras da UFRJ. Professor Titular de Literaturas de Língua Portuguesa do Departamento de Letras da UFSCar. Coordenador do Grupo de Estudos sobre a Novísisma Ficção Portuguesa (GENFIP/CNPq/ UFSCar). Bolsista Produtividade do CNPq. Presidente da ABRAPLIP – Gestão 2022-2023.

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Publicado

2023-11-30

Como Citar

Valentim, J. V. (2023). “Os sinais estavam lá todos”: violências e abusos na novíssima ficção portuguesa – reflexões em torno de Apneia, de Tânia Ganho. Abril – NEPA / UFF, 15(31), 33-61. https://doi.org/10.22409/abriluff.v15i31.58669