“Os sinais estavam lá todos”: violências e abusos na novíssima ficção portuguesa – reflexões em torno de Apneia, de Tânia Ganho
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v15i31.58669Palavras-chave:
Violências, Abusos, Representações ficcionais, Novíssima ficção portuguesa, Tânia GanhoResumo
Este trabalho apresenta, num primeiro momento, uma breve reflexão sobre a relevância da efabulação do tema da violência e de seus respectivos ecos, seja na tônica da representação de abusos das mais diversas ordens, seja na efabulação da dinâmica dos seus efeitos colaterais. Em seguida, propõe-se uma leitura do mais recente romance da escritora portuguesa Tânia Ganho, Apneia (2020), destacando as representações de violências e abusos contra personagens femininas e infantis. Para tanto, tomaremos como suporte teórico alguns pressupostos de pensadores das Ciências Humanas, como Hannah Arendt (1985), Judith Butler (2021), Marie-France Hirigoyen (2010) e Zygmunt Bauman (2008).
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