A escrita de si dos corpos-vozes femininos na literatura guineense
DOI:
https://doi.org/10.22409/9jc0kz14Palavras-chave:
Literatura guineense, Alteridade feminina, Corpo-político, Desobediência epistêmicaResumo
Este artigo buscou apresentar, por meio de narrativas produzidas na Guiné-Bissau, um espaço para discutir e refletir acerca das relações existentes entre saberes literários construídos, com ênfase em produções engendradas por mulheres, de modo especial, Odete Semedo e Domingas Samy. Odete Semedo é uma poeta atuante nas pautas ligadas à alteridade feminina, na vida política do país e direitos das mulheres guineenses. Domingas Samy também volta seu olhar para as alteridades femininas e as tradições do povo guineense. A ela coube o pioneirismo de ter publicado a primeira obra em prosa na Guiné-Bissau — o livro de contos A escola, em 1993, chamando atenção para questões como colonialismo português e casamentos arranjados. As narrativas das mulheres literatas guineenses nos ajudam a refletir que literatura, política e direitos humanos podem ser pensados juntos, sobretudo quando se trata de literatura produzida em países de África, ex-colônias, sob a rubrica de mulheres pretas.
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