A linguagem fantástica em “Coisas” – a rebelião necessária

Autores

  • Ana Marcia Alves Siqueira Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v10i20.29953

Palavras-chave:

Fantástico, Saramago, Ressignificação da realidade.

Resumo

A partir da concepção de que o recurso ao fantástico constitui uma estratégia de questionamento dialético da realidade com vistas à reflexão, o trabalho discute a arquitetura da linguagem fantástica e seus efeitos significativos na construção do conto “Coisas”, de José Saramago. A análise de artifícios estéticos presentes no conto, como o insólito e o absurdo, objetiva evidenciar a presença de métodos de violência e perseguição característicos da ditadura salazarista materializados na opressão mesquinha e embrutecedora da sociedade capitalista que tudo transforma em objetos comerciáveis. Em suma, o recurso fantástico empreendido por Saramago oferece uma interessante possibilidade de leitura da relação entre a tensão significativa do signo, aflorada pelo recurso fantástico, e o entre-lugar ocupado por objetos e pessoas na sociedade portuguesa pós-Estado Novo, funcionando como uma ruptura crítica de ressignificação da realidade com vistas a criar outra mais lírica e humana.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22409/abriluff.2018n20a476

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Biografia do Autor

Ana Marcia Alves Siqueira, Universidade Federal do Ceará

Professora Associada I do Departamento de Literatura e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará.

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Publicado

2018-06-04

Como Citar

Siqueira, A. M. A. (2018). A linguagem fantástica em “Coisas” – a rebelião necessária. Abril – NEPA / UFF, 10(20), 109-125. https://doi.org/10.22409/abriluff.v10i20.29953