Ana Margarida de Carvalho e a subversiva escrita da crueldade

Carlos Henrique Soares Fonseca

doi:10.22409/abriluff.v14i28.52417

Autores

Carlos Henrique Soares Fonseca Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v14i28.52417

Palavras-chave:

Ficção portuguesa contemporânea, Estética da crueldade, Ana Margarida de Carvalho

Resumo

Ana Margarida de Carvalho é uma das mais renomadas vozes da literatura portuguesa contemporânea. Com o objetivo de contribuir para a fortuna crítica da autora, este trabalho pretende a leitura de um de seus contos, a narrativa intitulada “Última ceia”, presente na coletânea Pequenos delírios domésticos (2017). Para tal, propõe-se como apoio teórico-crítico os estudos a respeito da estética da crueldade, tal como fizeram Artaud (2006), Gomes (2004), Santos (2004), bem como outras contribuições epistemológicas. Ademais, também procura-se conjugar as reflexões de Martins (2015) a respeito da literatura como “compromisso social e humano” (p. 18) e as possíveis relações que tal abordagem poderia estabelecer com a escrita da crueldade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Henrique Soares Fonseca, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Licenciado em Letras: Português-Literaturas (2016) pela Faculdade de Letras da UFRJ. Cursou o Mestrado em Literatura Portuguesa (2020) pela mesma instituição, com dissertação sobre a obra ficcional de Hélia Correia. Atualmente, é doutorando em Literatura Portuguesa do PPGLEV-UFRJ, com bolsa CAPES, dedicando-se, sobretudo, ao estudo das relações entre Literatura, História e Memória.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Profanações. 1.ed. São Paulo: Boitempo, 2007.

ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. 1.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

BARTHES, Roland. Aula: aula inaugural da cadeira de semiologia literária do Colégio de França, pronunciada dia 7 de janeiro de 1977. 1.ed. São Paulo: Cultrix, 2013.

CANDIDO, Antonio. A nova narrativa. In: ______. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 1989.

CARVALHO, Ana Margarida. Pequenos delírios domésticos. 1.ed. Lisboa: Relógio D’Água, 2019.

FIGUEIREDO, Monica. A natureza feminina do mal: algumas considerações sobre a narrativa breve de Ana Margarida de Carvalho. In: I CONGRESSO INTERNACIONAL DO PPGLEV/UFRJ. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7ja5YNIVE4I. Acesso em: 17 set. 2020.

GOMES, Renato Cordeiro. Narrativa e paroxismo: Será preciso um pouco de sangue verdadeiro para manifestar a crueldade?. In: DIAS, Ângela Maria & GLENADEL, Paula. (org.). Estéticas da crueldade. Rio de Janeiro: Atlântica Editora, 2004.

LOSA, Margarida. Para que serve o romance? Empenhamento, escapismo e catarse: primeiros tópicos para um futuro estudo interdisciplinar. Humanidades – Revista Crítica de Ciências Sociais e Humanas, v. 4, p. 51-60, mar-jun 1984.

MAGALHÃES, Isabel Allegro de. O sexo dos textos e outras leituras. 1.ed. Lisboa: Caminho, 1995.

MARTINS, Cândido Oliveira. A palavra literária como discurso comprometido. Abril – Revista do Núcleo de Estudos de Literatura Portuguesa e Africanas da UFF, vol. 7, n. 14, p. 13-29, jan-jun 2015. Disponível em: https://periodicos.uff.br/revistaabril/article/view/29846. Acesso em: 01 out. 2021. DOI: https://doi.org/10.22409/abriluff.v7i14.29846.

SANTOS, Jair Ferreira dos. Literatura, crueldade e produtivismo. In: DIAS, Ângela Maria & GLENADEL, Paula. (org.). Estéticas da crueldade. Rio de Janeiro: Atlântica Editora, 2004.

VIEIRA, Agripina Carriço. Recensão crítica a Pequenos delírios domésticos, A. M. de Carvalho. Colóquio/Letras, n. 199, p. 246-248, set-dez 2018.

XAVIER, Lola Geraldes. Ironia e poética do espaço nos contos de Ana Margarida de Carvalho. Metamorfoses, vol. 17, n. 1, p. 81-95, jan-jun 2020. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/metamorfoses/issue/view/1867. Acesso em: 15 out. 2021. DOI: https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2020.v17n1a36946.