Escritura, memória e morte sôbolos rios
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v5i11.29674Palavras-chave:
romance português contemporâneo, António Lobo Antunes, água e morte na escrituraResumo
O romance Sôbolos rios que vão, de António Lobo Antunes parece ser um texto memorialístico em forma de diário. Entretanto, a escritura é tão fragmentada, dispersa e hesitante que as imagens, os fatos, as personagens e as vozes vão se acumulando como se estivessem a buscar algo que não encontram, configurando um trânsito textual entre o diário e a dispersão romanesca. Assim, a escritura de Lobo Antunes aqui se faz linguagem poética presidida por duas grandes imagens: a da água e a da morte. Essas duas imagens predominantes no romance constituem o objeto deste ensaio, que discute suas relações com a indeterminação da escritura do romancista português. Temos aí portanto Sôbolos rios que vão, um diário que não é diário, um texto vacilante e irresoluto como a voz narrativa anônima que parece conduzi-lo, misturada a outras vozes e outras pessoas, como as águas que rolam, banhando o papel em que se escreve.Downloads
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