Da escrita de textos ardentes: núpcias numa confluência de gêneros

Autores

  • Maria Cecília Rogers Paranhos Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v4i6.29750

Palavras-chave:

Llansol, Teresa de Lisieux, ardente texto

Resumo

Este estudo pretende abordar o Ardente texto Joshua (1998), de Maria Gabriela Llansol, que, trazendo a figura de Teresa Martin, ou Santa Teresinha do Menino Jesus, não se preocupa em contar a sua biografia ou fazer o relato de seus escritos, mas em apreender conhecimento e admiração para confrontar “a arte de viver da amorosa” com a aspiração do texto ardente: “a exigência da ressurreição dos corpos”, estabelecendo ainda uma íntima relação de trocas e de confluências de diferentes planos. A partir desse texto, pretende-se levantar a discussão sobre essa escrita que rompe com os paradigmas já estabelecidos e cria um novo fazer literário de nossa contemporaneidade. Com o suporte das leituras de Roland Barthes, Michel Foucault, Giorgio Agamben e Gilles Deleuze, entre outros, será evidenciada a ausência do autor no texto llansoliano e a expressão desse texto através um agenciamento possível – o devir. Para além da transgressão do gênero do diário, a autora cria a ficção do diário de uma escrita, igualmente subvertida, seguindo o pensamento de Blanchot. Afastando-se da representação cristalizada, o texto de Llansol se aproxima, dessa forma, de um “gaguejar” na própria linguagem, que faz oscilar os limites ora considerados entre a prosa e a poesia.

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Publicado

2011-04-19

Como Citar

Paranhos, M. C. R. (2011). Da escrita de textos ardentes: núpcias numa confluência de gêneros. Abril – NEPA / UFF, 4(6), 39-49. https://doi.org/10.22409/abriluff.v4i6.29750

Edição

Seção

Artigos