Sobre o estado de equilíbrio entre as verdades que se dizem e as palavras que as dizem: a estética neorrealista e a busca por modos de fazer poético na obra de Carlos de Oliveira
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v7i15.29868Palavras-chave:
Carlos de Oliveira. Neorrealismo. Política poética.Resumo
O artigo parte das ideias de Maurice Blanchot e Ezra Pound sobre a poesia enquanto forma condensada de narrar. Assim, apresenta-se a noção de percepção estética, ligada ao visual e ao sensível, em paralelo à percepção que se faz do texto enquanto linguagem no sentido de veículo de comunicação. A partir deste duplo mecanismo de apreciação, imagético-sensível e teleológico, pretendemos discutir a maneira como o livro Cantata, de Carlos de Oliveira, marca um investimento na forma, enquanto trabalho específico do artista que se apresenta em plano polêmico à ideia de primazia do conteúdo em detrimento da forma, periodicamente afirmada como base de uma teorização ortodoxa do neorrealismo português. Assim, o presente trabalho entende o neorrealismo não apenas como um movimento estritamente literário ou artístico, ou um movimento de geração, mas como a constituição de uma problemática impulsionadora de um questionamento sistemático nos domínios da arte, da política e da cultura.
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