Uma viagem longa demais, um retorno devastador

Autores

  • Simone Pereira Schmidt Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v8i16.29894

Palavras-chave:

retorno, memória, pós-colonial.

Resumo

Muito já se escreveu sobre o drama vivido pelos ‘retornados’ a Portugal, findo o período colonial nos países africanos. Entretanto, alguns romances de publicação mais recente – nomeadamente, Caderno de memórias colo­niais, de Isabela Figueiredo (2009), e O retorno, de Dulce Maria Cardoso (2012) - retomam o tema pela chave da memória: subjetiva, familiar e his­tórica, ensejando uma reaproximação às experiências vividas pelos retor­nados, quarenta anos passados da independência das ex-colônias. Numa perspectiva feminista e pós-colonial, podemos identificar na leitura dos romances algumas particulares injunções de gênero e raça que subsistem ainda hoje, como rastros da memória colonial por resolver. Este artigo busca investigar esse aspecto, ao mesmo tempo em que procura identificar quem são e o que dizem os sujeitos que, colocando em xeque a ordem a colonial-patriarcal, acabam por se situar à margem da mesma, o que lhes permite, na forma do relato de memória ou de pós-memória, contruir uma contranarrativa da memória colonial.

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DOI: http://dx.doi.org/10.21881/abriluff.2016n16a342

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Biografia do Autor

Simone Pereira Schmidt, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora de Literatura Portuguesa e Africanas de Língua Portuguesa no Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da UFSC.

Prtofessora das linhas de pesquisa Teoria Feminista e Estudos de Gênero e Memória, História e Subjetividade no programa de Pós-Graduação em Literatura da UFSC

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Publicado

2016-07-18

Como Citar

Schmidt, S. P. (2016). Uma viagem longa demais, um retorno devastador. Abril – NEPA / UFF, 8(16), 119-135. https://doi.org/10.22409/abriluff.v8i16.29894