Deslocamentos estéticos na Terra Santa – Eça de Queirós e Paula Rego

Autores

  • Isabel Pires de Lima Universidade do Porto

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v8i16.29898

Palavras-chave:

intermedialidade e deslocamento estético, literatura e pintura portuguesas, orientalismo.

Resumo

A pintura de Paula Rego tem desenvolvido um intenso e constante diálogo com a literatura. De entre um amplo número de autores, destacam-se os clássicos portugueses de oitocentos, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco e especialmente Eça de Queirós. Depois de O Crime do Padre Ama­ro, o romance queirosiano A relíquia mereceu a revisitação da pintora com oito trabalhos nos quais procede a uma prática de ilustração subversora que, não deixando de perseguir a narrativa queirosiana, dela se afasta pro­pondo versões alternativas da história canónica e exercendo por essa via o seu violento e iconoclasta espírito crítico sobre a sociedade contempo­rânea. Paula Rego pinta em tom paródico o orientalismo queirosiano, ora dele se aproximando, ora dele se afastando em movimentos de deslocação estético-ideológica, num jogo de intermedialidade com Eça de Queirós, que lhe permite confirmar algumas das linhas mestras da sua própria obra.

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DOI: http://dx.doi.org/10.21881/abriluff.2016n16a353

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Biografia do Autor

Isabel Pires de Lima, Universidade do Porto

Professora Emérita da Universidade do Porto. O presente artigo foi desenvolvido no âmbito do Programa Estratégico Literatura e Fronteiras de Conhecimento - Políticas de Inclusão do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (UID/ELT/00500/2013 | POCI-01-0145-FEDER-007339).

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Publicado

2016-07-18

Como Citar

Pires de Lima, I. (2016). Deslocamentos estéticos na Terra Santa – Eça de Queirós e Paula Rego. Abril – NEPA / UFF, 8(16), 177-194. https://doi.org/10.22409/abriluff.v8i16.29898