O solar, o céu e a nação: continuidades e rupturas nas literaturas de países de colonização portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v10i21.29962Palavras-chave:
Mia Couto, Marcelino Freire, pós-colonialismo.Resumo
Os estudos pós-coloniais enfatizam a necessidade de refletirmos sobre como países que passaram por uma colonização podem promover a manutenção das estruturas de poder imperial, quando não fazem uma crítica contundente das suas organizações sociais. Assim, na maioria desses países, faz-se necessário pensar sobre a resistência de pensamentos e ideologias que não promovem efetivamente a existência de uma sociedade afastada de antigos hábitos coloniais. No Brasil, por exemplo, a quase inexistência do debate pós-colonial propicia afirmações de que o colonialismo português foi cordial em comparação a outros. Acontece que ideias como essa instauram uma rede de causalidades que, interpretadas de maneiras diferentes ao longo do tempo, fazem com que o Brasil menospreze entendimentos econômicos, políticos e sociais sobre a sua constituição cultural. O debate pós-colonial deve ser promovido não só para desconstruir esse mito da colonização cordial, mas também para entender como esse engodo se relaciona à tentativa de não se pensar sobre por que alguns grupos encontram-se às margens da nação. Nossa proposta aqui é pensar sobre essa questão e relacioná-la à leitura de dois contos contemporâneos: “Entrada no céu”, do moçambicano Mia Couto, e “Solar dos Príncipes”, do brasileiro Marcelino Freire. São encenadas, nesses textos de dois países que passaram pela colonização portuguesa, dinâmicas sociais muito afins a ambientes coloniais e pós-coloniais. Optamos por fazer esse estudo comparado porque os contos se explicam mutuamente quando estudados lado a lado.
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