Pós-modernidade e literatura

Autores

  • Marcio Tavares d 'Amaral Universidade Federal do Rio de Jneiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v16i32.60317

Palavras-chave:

Pós-modernidade, Pós-verdade, Literatura, Representação, Literatura de língua portuguesa

Resumo

O artigo reflete sobre as consequências que a experiência de “pós-verdade”, no contexto pós-moderno, poderia ter sobre as possibilidades da criação literária. Propõe que a estrutura central do fazer literário é a representação a partir das palavras originárias, e que essa é na sua essência a própria estrutura da verdade. Nesse sentido, é a literatura que mais radicalmente diz-verdade, e por isso seria capaz de escapar do Diktat pós-moderno de que verdade não há mais. Os temas teóricos do artigo são experimentalmente aplicados ao romance Os cus de Judas, de Lobo Antunes.

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Biografia do Autor

Marcio Tavares d 'Amaral, Universidade Federal do Rio de Jneiro (UFRJ)

Professor titular emérito da Escola de Comunicação da UFRJ, atuando nas áreas de Ensino (graduação e pós-graduação), Pesquisa e Extensão. Coordenador do IDEA (Programa de Estudos Avançados) e do Laboratório de História dos Sistemas de Pensamento, ambos da ECO-UFRJ. Autor da série de livros Os assassinos do sol: uma história dos paradigmas filosóficos (Editora UFRJ) e de outras obras nas áreas de Filosofia, Comunicação e Literatura.

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Publicado

2024-05-04

Como Citar

Tavares d ’Amaral, M. (2024). Pós-modernidade e literatura. Abril – NEPA / UFF, 16(32), 13-23. https://doi.org/10.22409/abriluff.v16i32.60317

Edição

Seção

Dossiê Literatura e (Pós-)verdade