Bathos e humor no “Auto da Lusitânia”, de Gil Vicente
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v16i33.62763Palavras-chave:
Teatro quinhentista português, Gil Vicente, “Auto da Lusitânia”, Humor vicentinoResumo
Diversas leituras têm sido realizadas a respeito do “Auto da Lusitânia”, de Gil Vicente, ficando pouco explorada a linguagem humorística da peça compósita de 1532. Neste estudo, pretende-se observar como o bathos, a súbita mudança do registro sublime para o baixo, e explorado humoristicamente pelo dramaturgo. Baseiam a discussão as reflexões de Orlando Amorim (2013), Jose Augusto Cardoso Bernardes (2019) e Noémio Ramos (2022), sobre aquele auto, e as de Luiz Carlos Travaglia (2015) e Terry Eagleton (2020), acerca do humor batético. Nota-se que tanto a justaposição de personagens e gêneros dramáticos como seus discursos próprios, oscilando entre o registro alto e o baixo, garantem o efeito humorístico desse texto teatral.
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