Reflexos da crise econômica e sanitária no mercado de trabalho brasileiro: resiliência ou aprofundamento do hiato de gênero e interseccional?

Autores

Resumo

O objetivo deste texto foi analisar a desigualdade de gênero e interseccional no mercado de trabalho brasileiro, considerando as crises econômica e sanitária de COVID-19. Por meio de modelos de probabilidade, estimou-se como o fato de ser mulher e ser negra impactou na participação econômica, na desocupação e informalidade, usando a PNAD Contínua de 2012 a 2020. Os resultados não evidenciam que a crise econômica penaliza mais as mulheres e as negras. No caso da crise sanitária, há piora no hiato de gênero e interseccional no que se refere a proteção trabalhista, mas os resultados são divergentes nos outros indicadores.

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Biografia do Autor

Luana Passos, UFOB

Professora da Universidade Federal do Oeste da Bahia. Doutora e mestre em Economia pela Universidade Federal Fluminense, e graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Fez estágio pós-doutoral em demografia no Cedeplar/ UFMG, no PPGCC/UFMG e no PPGE/UFF. Pesquisadora do Grupo de Estudos em Economia da Família e do Gênero (Gefam) e Centro de Estudos de Desigualdade e Desenvolvimento (CEDE). No âmbito das atividades de pesquisa, tem atuado nas temáticas: Impactos das políticas de transferência de renda condicionada; Economia Feminista; Impactos distributivos da tributação e do gasto social; Economia dos cuidados; Desigualdades de gênero no trabalho produtivo e reprodutivo; Heterogeneidade das mulheres na interseccionalidade de gênero, raça e classe.

Danielle Carusi Machado, UFF

Possui graduação em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993), mestrado em Economia da Industria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997) e doutorado em Economia pela PUC-Rio (2006). Atualmente é professora associada da Faculdade de Economia da UFF e coordenadora do Programa de Pós Graduação em Economia desta mesma faculdade. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: mercado de trabalho, educação, bem estar social e mobilidade urbana. Vínculada ao Centro de Estudos sobre Desigualdade e Desenvolvimento (CEDE) e Grupo de Estudos em Economia da Família e do Gênero (Gefam).

Júlia Freitas de Lima, UFF

Mestranda e graduada em Economia pela Universidade Federal Fluminense. Foi bolsista de Iniciação Científica PIBIC-PDUFF (2020-2021) onde participou de projetos sobre as assimetrias de gênero e intra-gênero durante a crise econômica e a crise sanitária no mercado de trabalho brasileiro. Possui interesse em projetos relacionados a métodos quantitativos, em especial, quando associados às áreas de políticas públicas, educação, mercado de trabalho, Estado de Bem-Estar Social e desigualdades.

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Publicado

2024-10-20

Edição

Seção

ARTIGOS