OLHARES SOBRE A MATERNIDADE: EXPERIÊNCIA DE MULHERES-MÃES MIGRANTES QUE VIVENCIAM O DESLOCAMENTO E SEUS DESAFIOS PROFISSIONAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/dxjjys90

Palavras-chave:

Práticas dialógicas, Migração, Maternidade

Resumo

Este artigo, fundamentado no construcionismo social e nas práticas dialógicas generativas, analisa as experiências de mulheres-mães migrantes frente aos desafios impostos pela interseção entre maternidade e migração. A pesquisa foi realizada em parceria com uma ONG do estado do Paraná e baseia-se nas narrativas de duas mulheres-mães venezuelanas e uma congolesa. Os resultados evidenciam que a sobreposição dos papéis de mãe e migrante intensifica contradições vividas no cotidiano, especialmente no que se refere à conciliação entre o cuidado com os filhos e a necessidade de inserção no mercado de trabalho. Tais experiências geram tensões entre expectativas culturais, demandas socioeconômicas e subjetividades maternas, levando a um processo contínuo de ressignificação identitária. O estudo ressalta a urgência de políticas públicas inclusivas que considerem as especificidades das trajetórias migratórias, promovendo apoio emocional, reconhecimento social e equidade de condições para o exercício da maternidade em contextos de deslocamento.

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Biografia do Autor

  • Mariane Amaral, Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO

    Graduada em Fonoaudiologia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), onde também concluiu o mestrado e o doutorado interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário, tendo recebido bolsa CAPES no mestrado. Foi docente da UNICENTRO entre 2017 e 2025. Possui experiência na área de Fonoaudiologia, com ênfase em Audiologia e Interdisciplinaridade, atuando nos processos do desenvolvimento humano em contextos comunitários. Integra o grupo de pesquisa “Práticas Fonoaudiológicas e Saúde Coletiva" da mesma instituição

  • Cristiana Magni, Universidade Estadual do Centro Oeste

    Docente do Departamento de Fonoaudiologia e do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Comunitário da Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO. Graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1987), Mestrado em Distúrbios da Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997) e Doutorado em Genética pela Universidade Federal do Paraná (2007). Especialização em Gestão da Saúde Pública pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2011). Na Pós Graduação, atua no âmbito interdisciplinar, desenvolvendo pesquisas relacionadas ao estudo das vulnerabilidades dos processos de vida e de morte e cuidados paliativos. Na graduação, atua na área de reabilitação auditiva com ênfase no processo de seleção e adaptação de dispositivos de amplificação sonora.

  • Marcelo Naputano, Universidade Federal de Roraima

    Sou Pós-Doutor pela Universitat Autònoma de Barcelona (UAB). Doutor, Mestre e Psicólogo em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), com período sanduíche na Facoltà di Psicologia dell’Università di Bologna (UNIBO). Tenho Especializações em Educação Intercultural pela Università RomaTre (ROMATRE); em Educação pela Università di Torino (UNITO) e Mediação Intercultural e Familiar pelo Istituto SHINUI di Bergamo. Sou também Bacharel em História pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, atuo como Professor Assistente Doutor no curso de Medicina da Universidade Federal de Roraima (UFRR), atuando também em programas de pós-graduação como o Mestrado Profissional em Educação Inclusiva em Rede Nacional (PROFEI/UFRR) e o Programa de Pós-Graduação em Saúde e Biodiversidade (PPGSBio/UFRR). Atuei também como Professor Assistente Doutor no curso de Psicologia da mesma Universidade (UFRR) e, anteriormente, no curso de Psicologia da Universidade do Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO). Em meus trabalhos, procuro integrar psicologia, educação, políticas públicas, saúde e práticas comunitárias, sempre com o objetivo de promover o diálogo interdisciplinar e contribuir para a construção de sociedades mais inclusivas e equitativas.

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Publicado

25-09-2025

Edição

Seção

ARTIGOS