VISIBILIDADE E POLÍTICA NA PEÇA O EVANGELHO SEGUNDO JESUS, A RAINHA DO CÉU

Autores

Palavras-chave:

Peça Teatral, Visibilidade, Político, Gênero

Resumo

Este  artigo  investiga  os  conceitos  de  “político”  e  “visibilidade” propostos  por  Hannah  Arendt  pelas  práticas  sociais  que  se  colocam  como expressão de luta de corpos que operam às margens da estrutura de poder. Como objeto de análise, recorre-se à peça teatral O Evangelho segundo Jesus, a Rainha do Céu, que discute o retorno de Jesus no corpo de uma mulher transexual. A composição do elenco e o enredo da peça levaram a embates que  se  reverberaram  não  somente  entre  grupos  religiosos,  mas  também em posições jurídicas, que insistem ainda na manutenção de uma norma de gênero. O pensamento de Arendt oferece base teórica e metodológica de reconhecimento e participação social que discutem e compreendem a política como movimentos arquitetados para o bem comum e ações que deveriam ser empreendidas para valorizar a coletividade.

Palavras-chave: Peça teatral; Visibilidade; Político; Gênero.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Muriel Emídio Pessoa do Amaral, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

Pós-doutorando em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), bolsista Capes. Doutor em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista - Unesp/Bauru, bolsista Capes/Unesp, mestre pela mesma instituição. Doutorado sanduíche em Estudos Culturais pela Universidade de Aveiro. Foi professor da Universidade Norte do Paraná (Unopar) nos cursos de jornalismo, publicidade e propagando e desenho industrial (modalidade virtual).

Renata Aparecida Frigeri, Faculdades Pitágoras de Londrina

Possui graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2005), graduação em Jornalismo pela Faculdade Pitágoras de Londrina (2013), especialização em Práxis e Discurso Fotográfico pela Universidade Estadual de Londrina (2007), mestrado em Comunicação pela Universidade Estadual de Londrina (2014) e é Doutora em Comunicação pela Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho (2018). É docente da Faculdade Pitágoras de Londrina desde 2006, coordenadora do curso de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: cinema, fotografia e propaganda.

Karol Natasha Lourenço Castanheira, Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG/Frutal)

Doutora em Comunicação pela Unesp, possui mestrado em Comunicação Midiática pela Unesp e formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Vinculada como docente efetiva na Uemg-Frutal e atualmente coordena o Curso de Jornalismo. Atua principalmente nas áreas de comunicação política, comunicação pública e comunicação digital.

Referências

ADVERSE, Helton. As formas antipolíticas. NOVAES, Adauto (org.). A outra margem da política. São Paulo: Edições Sesc, 2019, p. 63-84.

ARENDT, Hannah. Sobre violência. 3ª ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001a.

ARENDT, Hannah. Compreensão e política e outros ensaios. Lisboa: Relógio D’Água, 2001b.

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2001c.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1983.

ARENDT, Hannah. A crise da República. 3ªed. São Paulo: Perspectiva, 2015.

ARENDT, Hannah. O que é política. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2018.

ASSY, Bethania. Ética, responsabilidade e juízo em Hannah Arendt. 1ªed. São Paulo: Perspectiva, 2016.

BARKER, Chris; JANE, Emma A. Cultural studies: theory and practice. London: Sage Publications, 2016.

BUTLER, Judith. Cuerpos aliados y lucha politica: hacia una teoria performativa de la asamblea. 1ª ed. Cuidad Autónoma de Buenos Aires: Paidós, 2017.

BUTLER, Judith. Vidas precárias: os poderes do luto e da violência. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

BUTLER, Judith. Inversões Sexuais. FRICHE PASSOS, Izabel C. Poder, normatização e violência: incursões foucaultianas para a atualidade. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008, p. 91-108.

CORREIA, Adriano. Hannah Arendt e a modernidade: política, economia e disputa por uma fronteira. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. São Paulo: Graal, 2012.

JARDIM, Eduardo. Hannah Arendt: pensadora da crise e de um novo início. Rio de Janeiro: Civilizações Brasileiras, 2011.

LAURETIS, Teresa. A tecnologia do gênero. HOLLANDA, Heloisa Buarque (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco. pp. 206-242, 1994.

LIMINAR. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Comarca/SP. 1016422-86.2017.8.26.0309. Requerente: Virginia Bossonaro Rampin Paiva, Requerido: Serviço Social do Comércio – Sesc. 15 de setembro de 2017. Em: https://www.conjur.com.br/dl/juiz-proibe-peca-representa-jesus.pdf. Acesso: 19 abr. 2018.

ROUDINESCO. Elisabeth. A parte obscura de nós mesmos: uma história dos perversos. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

RUBIN, Gayle. Políticas do sexo. São Paulo: Ubu Editora, 2017.

TELLES, Vera da Silva. Espaço público e espaço privado na constituição do social: notas sobre o pensamento de Hannah Arendt. Tempo Social [on-line], São Paulo, v. 2, n. 1, p. 23-48, 1990.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701990000100023. ISSN 1809-4554. http://dx.doi.org/10.1590/ts.v2i1.84786. Acesso: 20 mar.2018.

Downloads

Publicado

2021-12-17