Mercado de trabalho metropolitano:gênero e diferenças de rendimento, 1992-2002

Autores

  • Eugênia Troncoso Leone
  • Paulo Baltar

DOI:

https://doi.org/10.22409/rg.v7i1.345

Resumo

Este artigo analisa, a partir de uma otica de gênero, a diversidade de rendimentos do trabalho, examinando a contribuição das diferençasde escolaridade, sexo e posição na ocupação. Previamente, descreve as principais manifestações da consolidação da participação da mulher no mercado de trabalho e faz algumas considerações sobre o comportamento da atividade economica e do salário mínimo da década de 1990. A partir dos dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domocílios-(PNAD), de 1992 e 2002, o estudo focaliza o conjunto das dez principais regiões metropolitanas do país. Constata-se que as diferenças de rendimento por sexo, embora continuem bastante grandes, diminuíram de importância, como um dos aspectos da enorme diferenciação geral dos rendimentos do trabalho no Brasil. A relativa estruturação e elevação dos rendimentos nos empregos piorremunerados, na década de 1990, pouco modificaram essa enorme diferenciação geral de rendimentos do trabalho por causa da continuação do baixo valor do salário mínimo, da eliminação de epregos em grandes empresas que permitiam remunerações relativamente elevadas para homens com baixo grau de escolaridade e do aumento da distância entre os rendimentos das ocupações que exigem nível superior de escolaridade e os rendimentos das demais ocupações. Os rendimentos do trabalho das mulheres foram menos prejudicados pela eliminação dos empregos nas grandes empresas e mais favorecidos tanto pela relativa estruturação dos empregos pior remunerados quanto pelo aumento relativo das remunerações das ocupações que exigem nível superior de escolaridade.

Palavras-chave:gênero; ocupaçã; renda; escolaridade;metrópoles.

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Publicado

2013-01-08

Edição

Seção

DOSSIÊ TRABALHO E GÊNERO