PREVENÇÃO DO HIV/AIDS E RACIALIZAÇÃO
PERCORRENDO FLUXOS, FESTAS E CORPOS
DOI:
https://doi.org/10.22409/tfnm4986Palavras-chave:
Prevenção do HIV, Juventudes negras periféricas, Epistemologias dissidentesResumo
A obra Sem Perreco: a prevenção do HIV em fluxos, festas e bailes funks, de Allan de Lorena, propõe uma etnografia sensível, poética e crítica sobre as práticas de prevenção ao HIV entre jovens negros LGBTQIAPN+ nas periferias de São Paulo. A partir de sua trajetória pessoal e profissional, o autor questiona os limites das estratégias institucionais de prevenção combinada, apostando em epistemologias situadas e afetivas que emergem dos fluxos e festas como territórios de cuidado, invenção e resistência. Por meio de conceitos como “corpodemia”, “prevenção preta” e “corpo-festa”, Allan desafia a normatividade sanitária e propõe um deslocamento radical na forma de pensar saúde, visibilidade e políticas públicas. A obra estabelece uma crítica contundente ao apagamento das experiências negras na história da Aids, alinhando-se às denúncias de autoras como Jurema Werneck, ao evidenciar como as políticas de saúde brasileiras foram historicamente estruturadas pela exclusão da população negra, ao mesmo tempo em que reconhece as formas de pressão e criação de alternativas que emergem desses corpos e territórios.
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