A MEDICALIZAÇÃO DA/NA EDUCAÇÃO EM UMA PERSPECTIVA INTERSECCIONAL: desafios à formação docente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/mov.v7i15.42660

Palavras-chave:

Medicalização. Neoliberalismo. Interseccionalidade. Formação de professores.

Resumo

O presente artigo objetiva partilhar reflexões teórico-práticas instigadas por experiências desmedicalizantes e interseccionais que vêm sendo construídas na formação de professores. Para tanto, após delimitar o conceito de medicalização adotado, são tecidas considerações teóricas acerca da produção de uma racionalidade medicalizada e medicalizante no atual estágio do capitalismo e seus impactos na formação docente, considerando o papel hegemônico da escola na produção e reprodução da lógica neoliberal, sendo terreno fértil para olhares e práticas medicalizantes. O texto argumenta que a compreensão crítica da medicalização da/na educação ganha complexidade quando é adotada a perspectiva interseccional, por trazer à tona as inter-relações entre os processos de medicalização da educação e os marcadores sociais da opressão e exploração, com destaque para raça, classe, gênero e sexualidade. Considerando que, na educação, há discursos e projetos em disputa, são apresentadas construções contra-hegemônicas na formação de professores (tanto básica como continuada), que pautam a medicalização e a interseccionalidade, seja nas brechas curriculares instituídas, seja nos movimentos curriculantes instituintes. Espera-se, com o artigo, contribuir para uma formação crítica de professores, comprometida com a desmedicalização da educação, em uma perspectiva interseccional.

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Biografia do Autor

Lygia de Sousa Viégas, Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia

Psicóloga pela USP, Mestre e Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP. Docente da Faculdade de Educação da UFBA. Pesquisadora do Grupo de pesquisa
EPIS. Membro do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade.

Tito Loiola Carvalhal, Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia

Graduado em Administração Pública pela Faculdade Regional da Bahia. Mesrando em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Membro do Grupo EPIS de Pesquisa. Membro do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade. Membro do Coletivo De Transs pra Frente

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Publicado

2020-12-23

Como Citar

Viégas, L. de S., & Carvalhal, T. L. (2020). A MEDICALIZAÇÃO DA/NA EDUCAÇÃO EM UMA PERSPECTIVA INTERSECCIONAL: desafios à formação docente. Movimento-Revista De educação , 7(15). https://doi.org/10.22409/mov.v7i15.42660