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A Epidemia de Diagnósticos e a Medicalização da Educação: desafios à formação e atuação docentes
v. 7 n. 15 (2020)É com grande satisfação que apresentamos às leitoras e aos leitores a décima quinta edição da Movimento – Revista de Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação e da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense. O presente número inclui o dossiê intitulado A Epidemia de Diagnósticos e a Medicalização da Educação: desafios à formação e à atuação docentes, além de oito manuscritos submetidos em fluxo contínuo.
Esse dossiê tem como objetivo analisar criticamente a epidemia de doenças mentais engendrada pela banalização do uso de medicamentos. Tal banalização tem se manifestado em diagnósticos, laudos médicos e prescrição de medicamentos para crianças e adolescentes, o que implica na deformação de subjetividades e leva à deterioração da vida do sujeito, seja no seio da família seja no espaço escolar. Além deste aspecto, a banalização do uso de medicamentos, segundo as Profas. Dras. Fernanda Insfran e Jacqueline de Souza Gomes — organizadoras do dossiê — tem justificado a ausência de práticas pedagógicas voltadas para os sujeitos concretos, tornados, muitas vezes, estigmatizados, no espaço escolar, pelo próprio uso de medicamentos.
Neste sentido o manuscrito de Maria Angélica Augusto de Mello Pisetta, intitulado Medicalização e discurso universitário: por uma política de cuidado e escuta do sujeito na educação, que precede a esta Apresentação, problematiza os imperativos do discurso médico na educação – da escola à universidade – como dispositivo de controle e de exclusão do sujeito – que se manifestam nas demandas de medicalização dos denominados transtornos mentais e de aprendizagem, bem como os condicionantes econômicos e políticos determinantes desse fenômeno.
ISSN 2359-3296
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55 anos de Pós-Graduação no Brasil
v. 7 n. 14 (2020)Este ano de 2020 assinala 55 anos de Pós-Graduação, contados a partir do Parecer Sucupira (Parecer CFE nº 977/65). Ao longo destes anos, a universidade, em geral, e a Pós-Graduação, em particular, passaram por modificações significativas no que diz respeito a sua autonomia, formas de financiamento, duração dos cursos e formação de pessoal qualificado. Ao mesmo tempo, a conversão da pesquisa atividade sistemática, com o fito de responder ao processo de internacionalização da economia e de sua correlata, a internacionalização da tecnologia, propiciou o desenvolvimento e a solidificação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Também veio requerer a organização de um sistema de ensino articulado, composto por universidades, escolas, faculdades e institutos isolados, institutos vinculados às universidades e instituições de formação profissional científica e tecnológica de nível superior. Neste sentido, todas as áreas do conhecimento, Ciências Exatas e da Terra, as Engenharias, as Ciências da Saúde, as Ciências Agrárias, as Ciências Humanas, as Ciências Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes, vieram dando respostas a este processo de modificação ocorrido, desde então, sendo a Educação transversal a todas elas.
Neste contexto, apresentamos às leitoras e aos leitores a décima quarta edição, uma Edição Especial, da Movimento – Revista de Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação e da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense.