A família no contexto da Reforma Psiquiátrica

Autores

  • Flávia Figueira de Andrade Porto Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, SP
  • Manuel Morgado Rezende Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, SP
  • Miria Benincasa Gomes Universidade Metodista de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.15175/1984-2503-20168306

Palavras-chave:

Saúde mental, reforma psiquiátrica, família, cuidador

Resumo

Este trabalho aborda a experiência familiar de cuidado com o adoecimento psíquico, incluindo suas concepções e manejos no contexto da recente reforma psiquiátrica brasileira. Como estratégia de análise dos dados e, com base na teoria das relações objetais desenvolvidas por Winnicott, este trabalho estruturou-se a partir de duas categorias: concepções e experiências do familiar cuidador sobre o adoecimento mental e a sobrecarga por este vivenciada. Os resultados da pesquisa apontaram: ambiguidade de sentimentos na relação com o membro em adoecimento psíquico; recorrência à internação como principal recurso nas situações de crise; desassistência ou ineficácia dos serviços de atenção aos familiares nos equipamentos públicos; e sobrecarga marcada por preocupações, medos e demanda de cuidado que ultrapassam as possibilidades do cuidador familiar. Concluiu-se pela necessidade de suporte às famílias de pessoas em sofrimento psíquico na rede pública de atenção básica e em saúde mental. Partindo da premissa de que as raízes da saúde mental estão na relação de confiança e de adaptação do meio as necessidades do sujeito em condições imaturas do desenvolvimento emocional, é compreensível que não só os usuários, mas suas famílias sejam acolhidas e ‘gestadas” por equipes multiprofissionais comprometidas com os princípios éticos e políticos da Reforma Psiquiátrica.

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Biografia do Autor

Flávia Figueira de Andrade Porto, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, SP

Mestranda em Psicologia da Saúde pela Universidade Metodista de São Paulo, possui Especialização em Psicologia da Saúde pela PUC/Rio, graduação em Psicologia pela Universidade Paulista (2003), graduação em Licenciatura Plena em Psicologia pela Universidade Paulista (2002). Atualmente é psicóloga do Serviço Residencial Terapêutico do C.V.V. Hospital Francisca Júlia.

Manuel Morgado Rezende, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, SP

Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1979), mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1993) e doutorado em Saúde Mental pela Universidade Estadual de Campinas (1999). Pós-Doutorado em Psicologia da Saúde pela Universidade do Algarve. Professor Titular da Universidade Metodista de São Paulo. Professor convidado do Doutoramento em Psicologia da Universidade do Algarve, Portugal.Professor aposentado da Universidade de Taubaté. Presidente fundador da Associação Brasileira de Psicologia da Saúde (ABPSA) período ( 2006-2008). Presidente atual da Associacão Brasileira de Psicologia da Saúde ( 2015 - 2017) Editor da revista Mudanças: Psicologia da Saúde ( 2008-2011). Membro da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental. Lider do Grupo de Pesquisa do CNPq Processos psicossociais na promoção de Saúde. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em psicologia da saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: abuso de substâncias, prevenção e tratamento de dependência de drogas e promoção de saúde na escola. Faz parte da rede de pesquisas sobre drogas do SENAD. Editor Associado da Revista Psicologia Saude & Doenças. Membro do Conselho científico das revistas; Boletim de Psicologia, Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental. Coordenador do Programa Institucional de Iniciação Científica da Univeridade Metodista de São Paulo.

Miria Benincasa Gomes, Universidade Metodista de São Paulo

Pesquisadora e orientadora do Programa de Pós Graduação em Psicologia da Saúde da Universidade Metodista de São Paulo e professora do curso de Psicologia da Universidade de Taubaté. Tem experiência na área de Psicologia da Saúde, com ênfase em Programas de Atendimento Comunitário, institucional e hospitalar. As principais áreas de pesquisa são: 1. Gestação: Avaliação e assistência Psicológica à gestante e desenvolvimento de Programas de Pré-Natal Psicológico e Pré-Natal Integral à gestantes e casais; 2. Parto e Pós-parto: práticas não violentas e respeitosas na assistência ao parto, modelos de intervenção, apoio e acolhimento à mulheres em situação de pós parto; 3.Desenvolvimento de Bebês

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Publicado

2016-10-03

Como Citar

Porto, F. F. de A., Rezende, M. M., & Gomes, M. B. (2016). A família no contexto da Reforma Psiquiátrica. Passagens: Revista Internacional De História Política E Cultura Jurídica, 8(3), 526-542. https://doi.org/10.15175/1984-2503-20168306