USO PÚBLICO EM ÁREAS PROTEGIDAS: ATORES, IMPACTOS, DIRETRIZES DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

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Resumo

O artigo apresenta informações básicas sobre o uso público em áreas protegidas, entendido como prática de visitação com objetivos educativos, esportivos, recreativos, científicos e de interpretação ambiental, que dão ao visitante a oportunidade de conhecer, entender e valorizar os recursos naturais e culturais existentes. O uso público tem como referência o envolvimento de três grupos de atores representados pelos gestores, visitantes e prestadores de serviços. Neste último grupo foi incluída a participação voluntária, movimento que vem crescendo ao longo dos anos e que presta serviços à conservação de várias áreas naturais protegidas. O uso público gera benefícios pessoais, sociais, econômicos e ambientais, desde que devidamente planificado e gerenciado. As atividades também produzem riscos e causam diversos impactos negativos sociais e ambientais, podendo comprometer características das áreas e da própria visitação. Destacou-se a aplicação do sistema denominado Limite Aceitável de Câmbio (LAC) que racionaliza o uso através da escolha de indicadores de impacto, seleção de ações de manejo e monitoramento contínuo. Entretanto, ainda existe uma grande lacuna em relação às condições de infraestrutura das áreas protegidas no Brasil, que afeta a consolidação territorial, em geral, e o uso público, em particular. A despeito do fato, tem-se observado avanços que trazem boas perspectivas para o futuro.

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Biografia do Autor

Luiz Renato Vallejo, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1977), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2005). Professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense, atuando desde 1978. Tem experiência nas áreas de Ecologia Geral e Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação da natureza, uso público em unidades de conservação, impactos ambientais, conflitos sócio-ambientais e educação ambiental.

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Publicado

2013-12-31