EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM TRILHAS INTERPRETATIVAS:
AÇÕES DE FORMAÇÃO CRÍTICA E SENSIBILIZAÇÃO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO.
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https://doi.org/10.47977/2318-2148.2024.v12n17p71Mots-clés:
Sensibilização, Interpretação Ambiental, Espaços não formais de ensinoRésumé
Práticas educativas em ambientes não formais de ensino são importantes para as escolas e para as unidades de conservação (UC). No entanto, apesar do crescente interesse pela visitação da natureza e apreciação de paisagens naturais, muitos visitantes desconhecem o ambiente em que estão inseridos, não aprendem com a visita, não se preocupam com os destinos ambientais locais e podem contribuir para a degradação destas áreas protegidas. Nesse contexto, as trilhas interpretativas (TI) emergem como um instrumento eficaz para fomentar a educação ambiental e a interpretação ambiental, restabelecendo a conexão e sensibilizando as pessoas para a conservação da natureza. O objetivo do artigo é apresentar diferentes trilhas interpretativas desenvolvidas em UC da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro. A metodologia utilizada para o desenvolvimento das trilhas interpretativas é uma adaptação dos indicadores de atratividade de pontos interpretativos (IAPI). As trilhas foram elaboradas no âmbito do projeto Prodocência, do Grupo de Estudos Interdisciplinares do Ambiente (GEIA) da Faculdade de Formação de Professores (FFP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Os resultados obtidos neste estudo apontam para a necessidade de ampliar a pesquisa e o desenvolvimento de novas TI, buscando atender às demandas específicas de cada UC e dos diferentes públicos. Além disso, a integração entre a universidade, as escolas, as comunidades locais e os gestores das UC é fundamental para o sucesso das iniciativas de educação ambiental baseadas em trilhas interpretativas.
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