CAPACIDADE DE CARGA FÍSICA E QUALIDADE RECREACIONAL DAS PRAIAS DO SETOR SUL DO DISTRITO DE TAMOIOS, CABO FRIO, RJ.
Resumo
O trabalho aplica metodologias de avaliação da capacidade de suporte das praias junto aos loteamentos Florestinha, Orla 500, Vivamar, Terramar e Verão Vermelho, setor sul da costa de Tamoios, Cabo Frio, Rio de Janeiro, onde se desenvolve o Projeto de Extensão do Departamento de Geografia (Universidade federal Fluminense): Recuperação e Manejo da Vegetação de Restinga na Costa Sul de Tamoios, Cabo Frio, RJ. A proposta tem como objetivo geral analisar a Qualidade Recreacional e Capacidade de Carga Física das praias, que possam subsidiar o Poder Público nos planos de uso e de ocupação do solo em uma área que sofre a ameaça da erosão costeira. Em virtude de características físicas e ambientais específicas de cada praia são estimados valores de capacidade de carga física em cenários de 5m2/usuário e 10m2/usuário. O cenário de 10m2/usuário seria o apropriado para a manutenção das condições ambientais e conforto dos usuários. No entanto, o que se observa é o cenário de 5m2/usuário, principalmente no período de alta temporada com os feriados de Natal/Ano Novo e de Carnaval, o que implica em uma sobrecarga para o sistema natural e grande desconforto para moradores e usuários. Nesse sentido é sugerido o controle de acesso às praias a partir do limite máximo estimado para vagas no estacionamento, não significando restrição de acesso à população, e sim, a manutenção do número de veículos
Downloads
Referências
ARAÚJO, M.C.B. E COSTA, M.F. Environmental Quality Indicators for Recreational Beaches Classification. Journal of Coastal Research, 246, 2008, p. 1439-1449.
BULHOES, E., FERNANDEZ, G., OLIVEIRA FILHO, S.R., PEREIRA, T.G. Coastal impacts induced by storm waves between Cabo Frio and Búzios, Rio de Janeiro, Brazil. Journal of Coastal Research 75, 2016, p. 1047-1051.
CALVANTE, P.M. A Urbanização na Vila de Tamoios (Cabo Frio) e sua inserção na Região dos Lagos (RJ): caracterização, implicações e consequências físico-ambientais e culturais. Dissertação de Mestrado. Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense, 2008.
CALVENTE, P.M., COSTA, M.L.P.M. A paisagem cultural entre o regional e o local: Tamoios, Cabo Frio, RJ. Cadernos Proarq 15, 2010, p. 68-79.
CARTER, R.W.G. The morphodynamics of beach-ridge formation: Magilligan, Northern Ireland. Marine Geology 73 (3-4), 1986, p. 191-432.
CASTRO, L.Q., ROCHA, T.B., VIEIRA, R. Mapeamento da linha da costa entre a foz do rio São João e a foz do rio Uma, Cabo Frio, RJ. Simpósio Brasileiro de Geografia Aplicada, Fortaleza, 2019. p. 1-5.
EMBRATUR. Projeto Turis: [S.l.]: Embratur, 1 vol, 1973.
IBGE, Censo Demográfico Características da População e dos Domicílios (ISSN: 0104-3145). IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2010.
ICMBIO. Roteiro Metodológico para Manejo dos Impactos de Visitação. 2011.
MAGALHÃES, B.L. Dinâmica da linha da costa e vulnerabilidade à erosão costeira nos arcos de praia da Tartaruga e de Costa Azul, Rio das Ostras, RJ. Dissertação de Mestrado. Pós-Graduação em Geografia, UFF, 2018, 88p.
MANNING, R.E. Studies in Outdoor Recreation: Search and Research for Satisfaction. Oregon State University Press, Corvallis, Oregon, 1999.
MANNING, R.E. Parks and Carrying Capacity: Commons without Tragedy. Island Press, Washington, 2007.
MARTIN, L., SUGUIO, K., DOINGUEZ, J.M.L., FLEXOR, J.M. Geologia do Quaternário costeiro do litoral norte do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. São Paulo, FAPESP/CPRM (Escala 1200.000 e texto explicativo), 1997.
MORGAN, R. Preferences and Priorities of Recreational Beach Users in Wales, UK. Journal of Coastal Research, 15 (3), 1999, p. 653-667.
MOURA, N.S.V., MORAN, E.F., STROHAECKER, T.M., KUNS, A.V. A Urbanização na Zona Costeira: Processos locais e regionais e as transformações ambientais - o caso do Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência e Natura, 37 (42), 2015, p. 594-612.
MUEHE, D., FERNANDEZ, G.B., BULHÕES, E., AZEVEDO, I.F. Avaliação da vulnerabilidade física da orla costeira em nível local, tomando como exemplo o arco praial entre Rio das Ostras e o Cabo Búzios, RJ. Revista Brasileira de Geomorfologia 12 (2), 2011, p. 45-58.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO (OMT) Planejamento para o desenvolvimento do turismo a nível municipal. Madrid, 1994.
POLETTE, M., RAUCCI, G.D. Methodological Proposal for Carrying Capacity Analysis in Sandy Beaches: A Case Study at the Central Beach of Balneário Comboriú (Santa Catarina, Brazil). Journal of Coastal Research, SI35, 2003, p. 94-106.
RUSCHMANN, D.V.M., PAOLUCCI, L., MACIEL, N.A.L. Capacidade de carga no planejamento turístico: estudo de caso da Praia Brava – Itajaí frente à implantação do Complexo Turístico Habitacional Canto da Brava. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 2 (2), 2008, p. 41-63.
SILVA, I.R., BITTENCOURT, A.C.S.P., DOMINGUEZ, J.M.L., SILVA, S.B.M. Uma Contribuição à Gestão Ambiental da Costa do Descobrimento, Litoral Sul do Estado da Bahia: Avaliação da Qualidade Recreacional das Praias. Geografia (0100-7912), 28, 2003, p. 397-413.
SILVA, I.R., BITTENCOURT, A.C.S.P., DOMINGUEZ, J.M.L., SILVA, S.B.M. Potencial de Danos Econômicos Face à Erosão Costeira Relativo às Praias da Costa do Descobrimento – Litoral Sul do Estado da Bahia. Pesquisas em Geociências, 34 (1), 2007, p. 35-44.
SILVA, I.R., BITTENCOURT, A.C.S.P., DIAS, J.A., SOUZA FILHO, J.R. Qualidade recreacional e capacidade de carga das praias do litoral norte do estado da Bahia. Revista da Gestão Costeira Integrada, 12 (2), 2012, p. 131-146.
ZACARIAS, D.A. Avaliação da capacidade de carga turística para gestão de praias em Moçambique: o caso da Praia do Tofo. Revista da Gestão Costeira Integrada, 13 (2), 2013, p. 205-214.