SAÚDE FÍSICA E MENTAL E SUAS RELAÇÕES COM O USO PÚBLICO EM ÁREAS PROTEGIDAS:

CAMINHADAS, ACAMPAMENTOS E ‘BANHOS DE FLORESTA’

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47977/2318-2148.2023.v11n16p01

Palavras-chave:

Qualidade de vida, Desenvolvimento pessoal, Lazer

Resumo

Os efeitos negativos da modernidade na saúde física e mental são destacados em várias pesquisas, particularmente no tocante à depressão e ansiedade. O sedentarismo, sobrepeso, obesidade, pressão alta, diabetes, aparecem como causas. Existe um potencial terapêutico e curativo dos espaços naturais na prevenção e no tratamento de várias doenças, por meio de práticas regulares de imersão dos sentidos. É necessário ampliar o estímulo ao uso público em áreas naturais, via projetos e programas que estimulem a imersão dos indivíduos, reavaliando as percepções sobre a interdependência entre homem e meio natural. De forma qualitativa e interdisciplinar, fez-se uma pesquisa bibliográfica incluindo as experiências acadêmicas e empíricas do próprio autor. Três temas foram priorizados: caminhadas, acampamentos e “banhos de floresta”. A participação regular nestas atividades pode contribuir para maior concentração, sensibilidade, conhecimento, autoconhecimento, confiança, iniciativa, liderança, tranquilidade, criatividade, entre outros benefícios físicos, psicológicos e sociais. Atividades ao ar livre dependem dos cuidados com a segurança individual e coletiva, pois os ambientes naturais apresentam seus riscos. Em áreas legalmente protegidas, os gestores dos territórios precisam estar conscientes e atentos a estas questões e, neste sentido, a infraestrutura de uso público tem que estar compatível.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Luiz Renato Vallejo, UFF

Docente do Programa de Pós Graduação em Geografia da UFF. 

Referências

ATCHLEY, R. A.; STRAYER, D. L.; ATCHLEY, P. (2012) Creativity in the Wild: Improving Creative Reasoning through Immersion in Natural Settings. PLOS ONE, [S. l.], v. 7, n. 12.

ALMEIDA, M. A. B. de. (2012) Qualidade de vida: definição, conceitos e interfaces com outras áreas de pesquisa. São Paulo: Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH/USP. 142 p.

BECK, S. (1989) A aventura de caminhar – um guia para caminhadas e excursionismo. São Paulo: Ágora.

BRASIL. (2000) Lei nº 9985 do Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC). Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm. Acessado em: 21 mar. 2023.

BRYSON, B. (2003) A short history of nearly everything. Londres: Transworld Publishers.

CHMIELEWSKI, M. M. (1993) A caminhada como meio de condicionamento físico. 1993. 29 f. Licenciatura em Educação Física (Monografia). Curso de Ciências Biológicas do Estado do Paraná.

CLARKE, F. J; KOTERA, Y.; MCEWAN K. A. (2021) Qualitative Study Comparing Mindfulness and Shinrin-Yoku (Forest Bathing): Practitioners’. Perspectives Sustainability, [S. l.], v. 13, n. 12. p. 6761. Disponível em: https://www.mdpi.com/2071-1050/13/12/6761. Acessado em: 18 mar. 2023.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). (2002) Resolução nº 303 de 20 de março de 2002. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília: Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30302.html. Acessado em: 22 fev. 2023.

COOPER, K. H. (1972) Aptidão física em qualquer idade – Método Cooper. Belo Horizonte: Fórum Editora.

GUEVARA, R. J. O.; PARRA, G. L. (2009) Un sistema de camping para el turismo juvenil y estudiantil de Venezuela. Gestión Turística, Caracas, n. 11. p. 09-40.

HENDEE, J. C.; STANKEY, G. H; LUCAS, R. C. (1990) Wilderness management. 2. ed. Golden: North American Press. 537 p.

JAMES, P.; BANAY, R. F.; HART, J. E.; LADEN, F. A. (2015) Review of the Health Benefits of Greenness. Curr Epidemiol Rep., [S. l.], v. 2, n. 2, p. 131-142.

JAROCKI, R. (2011) A relação entre acampamentos educativos de férias e o desenvolvimento das habilidades sociais, mentoria e benefícios para o mundo organizacional na percepção dos ex-acampantes, monitores e ex-monitores. 2011. 146 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração Empresarial) – Faculdade Boa Viagem Administração, Recife.

KUO, F. E.; TAYLOR, A. F. A. (2004) Potential Natural Treatment for Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder: Evidence From a National Study. Am J Public Health, v. 94, n. 9, p. 1580-1586.

LONDE. P. R.; MENDES, P. C. (2014) A influência das áreas verdes na qualidade de vida urbana. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde – Hygeia, Uberlândia, v. 10, n. 18, p. 264-272.

MILANO, M. S. (2000) Mitos no manejo de unidades de conservação no Brasil, ou a verdadeira ameaça. In: Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, Campo Grande: Rede Nacional Pró Unidades de Conservação; Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, v. 1, p. 11-25.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (2005) Diagnóstico da visitação em parques nacionais e estaduais. Brasília: Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas.

MOURÃO, J. H; FERRAZ, H. (2022) Banhos de floresta. Revista Recursos & Ideias, Porto, v. 12.

OHTSUKA, Y.; YABUNAKA, N.; TAKAYAMA, S. (1998) Shinrin-yoku (forest-air bathing and walking) effectively decreases blood glucose levels in diabetic patients. Int J Biometeorolol, [S. l.], v. 41, p. 125-127.

PIVARI, M. (2010) Histórico do Campismo. MaCamp, [S. l.]. Disponível em: https://macamp.com.br/historico-3/. Acessado em: 13 jun. 2023.

PHYLLIS, M. F. (1986) Outdoor Education: Definition and Philosophy. ERIC Clearinghouse on Rural Education and Small Schools, Las Cruces. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED267941.pdf. Acessado em: 4 mar. 2023.

QING LI. (2022) Effects of forest environment (Shinrin-yoku/Forest bathing) on health promotion and disease preventionthe - of “Forest Medicine”, Environmental Health and Preventive Medicine, [S. l.], v. 27, n. 43, p. 10.

RAUBER, S. B. (2016) Efeito de cinco dias de acampamento de férias e três meses de acompanhamento sobre fatores de risco cardiovascular e estilo de vida em crianças com sobrepeso e obesidade. 2016. 121 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Católica de Brasília, Brasília. Disponível em: https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/handle/tede/2038. Acessado em: 7 mar. 2023.

REQUIÃO, C. (2007) Manual do excursionista. Rio de Janeiro, Nobel. 152 p.

RODRIGUES, M. (2013) Vida moderna: sensações, espetáculo, mercado, cultura e violências. Simbiótica, Vitória, n. 5. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/simbiotica/article/view/6410/4701. Acessado em: 22 fev. 2023.

SANTOS, C. G. (2013) Caminhadas ecológicas e ecologismo: a experiência do grupo Ecoando – Ecologia & Caminhadas. Anais do Uso Público em Unidades de Conservação. Niterói, v. 1, n. 2, p. 1-13.

SILVA, P. C. da. (2018) Banhos de floresta: um roteiro para experiência da natureza terapêutica na trilha Carioca e Cânions II - PN da Chapada dos Veadeiros/GO. 2018. 70 f. Monografia (Bacharelado em Gestão Ambiental) – Faculdade UnB Planaltina, Universidade de Brasília, Planaltina.

SOUSA, J. P. S. M. de; SILVA, E. C. (2020) Importância dos serviços ambientais para a qualidade de vida. In: Anais da 23ª Semana de Mobilização Científica – SEMOC. Universidade Católica de Salvador, Salvador.

THE WHOQOL GROUP (CH) (1998) Division of Mental Health and Prevention of Substance Abuse. Geneva: WHOQOL User Manual.

VALLEJO, L. R.. (2013) Uso público em áreas protegidas: atores, impactos, diretrizes de planejamento e gestão. Anais Uso Público em Unidades de Conservação, Niterói, v. 1, n. 1, p. 12-23. Disponível em: http://www.periodicos.uff.br/uso_publico. Acessado em: 15 mar. 2023.

VELOSO, M. (2016) Descubra dez ótimos benefícios que te convencerão a acampar e explorar a natureza. Disponível em: https://gtintercambio.com/descubra-dez-otimos-beneficios-que-te-convencerao-a-acampar-e-explorar-a-natureza. Acessado em: 11 mar. 2023.

VENANCIO, J. M. P.; LA BANCA, R. O.; RIBEIRO, C. A. (2017) Benefícios da participação em um acampamento no autocuidado de crianças e adolescentes com diabetes: percepção das mães. Esc. Anna Nery Rio de Janeiro, v. 21, n. 1 . Disponível em: https://www.scielo.br/j/ean/a/f6zTvGSJypxmwcPZDbRnVhP/?lang=pt&format=html. Acessado em: 14 mar. 2023.

VIEIRA, P. B. H. (2004) Uma Visão Geográfica das Áreas Verdes de Florianópolis-SC: estudo de caso do Parque Ecológico do Córrego Grande (PECG). 2004. 109 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Geografia) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

##submission.downloads##

Publicado

2023-11-01

Edição

Secção

Artigos