Jongo, substantivo feminino, em cenas musicais

Autores

  • Maria Livia de Sá Roriz Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v38i1.27988

Palavras-chave:

Jongo - Protagonismo Feminino - Rio de Janeiro

Resumo

Este artigo tem por objetivo mostrar o protagonismo feminino nas rodas de jongo contemporâneas na cidade do Rio de Janeiro, destacando o fato de as mulheres terem assumido, sobretudo a partir do início dos anos 2000, papéis antes exclusivos dos homens nesse cenário. Ao tocarem os tambores, elemento sagrado do jongo, ao comporem e ao desafiarem os homens no canto efetivamente transformam o jongo num substantivo feminino. Para realização da pesquisa nos valemos de dois caminhos metodológicos: a realização de uma cartografia em cinco rodas da cidade do Rio de Janeiro e, complementando esse cenário, entrevistas, tomando como pressuposto as indicações teóricas da história oral. O objetivo final é perceber a cena musical jongueira na cidade do Rio de Janeiro e o protagonismo feminino existente nesses lugares de múltiplas significações.

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Biografia do Autor

Maria Livia de Sá Roriz, Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)

Professora do curso de Psicologia na Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 

Doutora em Comunicação e Cultura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Mestre em Psicologia Social na Univerisidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). 

Desevolve pesquisa sobre as temáticas: música; memória; cultura; território; identidade; gênero.

 

 

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Publicado

2019-04-29