Bebendo a bordo: tradição aprendida
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2010.1i28.a41599Palavras-chave:
alcoolismo, militares, condições de trabalho, cultura,Resumo
O notório caráter multifacetado do alcoolismo permite identificar que, além dos aspectos subjetivos que participam da construção de seu quadro, existem fatores externos, como os laborais, que se relacionam a uma cultura organizacional e tradições que apoiam e estimulam o consumo de bebidas alcoólicas. A observação de militares alcoolistas da Marinha do Brasil que são pacientes do Hospital Central da Marinha, permite examinar, a partir de suas histórias e relatos, em que medida o seu alcoolismo foi sendo constituído a partir de uma aprendizagem sobre o beber a bordo, desde o seu ingresso na instituição naval, amparado pelas tradições navais. Verifica-se a existência de uma maneira de beber, que se faz a partir de modelos, geralmente em grupo, associada a uma dinâmica do cotidiano laboral, produzindo um habitus alcoólico, ou seja, um comportamento que é postural, gestual, como linguagem, impregnado de sentido.Downloads
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Como Citar
Halpern, E. E., Leite, L. M. C., & Silva Filho, J. F. da. (2011). Bebendo a bordo: tradição aprendida. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, 1(28). https://doi.org/10.22409/antropolitica2010.1i28.a41599
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