Habitantes de rua e vicissitudes do trabalho livre
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2010.0i29.a41742Palavras-chave:
imobilização da força de trabalho, população em situação de rua, mendigos, categorizações sociaisResumo
Refletindo sobre minha trajetória de pesquisa com segmentos drasticamente atingidos pelos efeitos dos extremos índices de desigualdades socioeconômicas na sociedade brasileira, acompanho o deslocamento da construção de termos designativos de situações miseráveis de vida, especialmente aquelas reconhecidas pela exposição dos pobres à vida pública ou ao ambiente de rua. Para dar conta dos pressupostos cognitivos do fenômeno e, consequentemente, dos modos de enfrentamento político, acompanho as mudanças nas formas de etiquetagem registradas em dois artigos já publicados, aqui reproduzidos com relativa adaptabilidade aos objetivos do dossiê no qual eles se integram: Mendigo: o trabalhador que não deu certo (1983) e A miséria em espetáculo (1995). Contrastando as análises, reflito sobre o processo de constituição do catador de lixo como coletor de materiais recicláveis, processo concomitante à produção de investimentos políticos requalificantes, não só pela nova designação desses trabalhadores, mas também pela elaboração de políticas específicas para a população em situação de rua.Downloads
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Publicado
2011-10-08
Como Citar
Neves, D. P. (2011). Habitantes de rua e vicissitudes do trabalho livre. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, (29). https://doi.org/10.22409/antropolitica2010.0i29.a41742
Edição
Seção
Dossiê Temático
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