Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia

Autores

  • Marcos Freire de Andrade Neves

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2016.1i40.a41782

Palavras-chave:

Anatomia, Cadáver, Laboratório, Mercadoria, Trocabilidade.

Resumo

A presença de cadáveres em laboratórios universitários de anatomia é observada, pelo menos, desde o século XVI. Alvo de polêmicas no decorrer de seus primeiros momentos, a prática, atualmente, é garantida pela Constituição Federal Brasileira, que define não apenas as finalidades para as quais tais cadáveres podem ser utilizados, como também quais podem ser estes cadáveres. A partir de um laboratório de anatomia de uma universidade na cidade de Porto Alegre, busca-se refletir acerca do estatuto dos corpos que lá se encontram, questionando, fundamentalmente, o processo através do qual estes foram cedidos ao laboratório. Regido por acordos entre as partes cedente e receptora, o processo formula uma dinâmica legal na qual o corpo humano torna-se algo passível de ingressar em um sistema de troca. Uma dinâmica em que a institucionalização do cadáver pelo Departamento Médico Legal (DML) e sua cessão ao laboratório acabam por ressignificar o corpo ao transpô-lo do estatuto de pessoa para o de coisa.

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Publicado

2022-04-14

Como Citar

Neves, M. F. de A. (2022). Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, 1(40). https://doi.org/10.22409/antropolitica2016.1i40.a41782

Edição

Seção

Artigos