A partilha da dor: como pessoas e lugares se relacionam na Encosta da Serra, RS
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2016.0i41.a41836Palavras-chave:
Encosta da Serra, Trabalho, Moral, SofrimentoResumo
Neste artigo analiso como a partilha da dor e do sofrimento atua enquanto o princípio motor da produção de pessoas e grupos em uma colônia alemã, associados à principal preocupação ética para seus moradores, o trabalho. Para tanto, parto de meu trabalho de campo realizado em um município que aqui chamo de São Martinho, de pouco mais de 6.000 habitantes, situado na região da Encosta da Serra, RS. A aposta deste texto é que a dor e o sofrimento, relacionado ao ato de trabalhar, mais do que um estado a ser superado, formava e informava sobre grupos aparentados, em dois sentidos: em primeiro lugar, permitia a circulação de apreciações morais, fundamentais nas distinções e avaliações de si; em segundo lugar, permitia a produção correlata de pessoas, estórias e lugares na dor corporificada pela qual se construíam as narrativas constitutivas de um passado singular, que moldava e se moldava ao cotidiano.
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