Cinema e Representações da Mobilidade Africana
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2019.0i46.a41908Palavras-chave:
Cinema, África, Mobilidade Humana, Representações, Identidade.Resumo
Neste artigo discutimos as representações que o cinema de ficção faz da mobilidade de povos africanos, a partir da análise dos filmes Casa de Lava (1994) de Pedro Costa, Nha Fala (2002), de Flora Gomes, e Virgem Margarida (2012), de Licínio Azevedo. Buscamos relatar as trajetórias dos personagens centrais desses filmes ao deixarem seus locais de origem e serem expostos a culturas e costumes distintos daqueles que compartilham com seu grupo e os impactos de tais deslocamentos na formação de identidade desses sujeitos. A análise aborda as motivações dos personagens para se afastarem de seus universos familiares, bem como seus encontros e estranhamentos. Destaca, no contexto das migrações, as relações entre tradição e modernidade, entre o sujeito deslocado e a noção de casa e o papel do Estado como agente de deslocamentos, migrações e diásporas.
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