(Novas) fronteiras e ideários coloniais de longa duração: uma análise a partir da disputa pela reconfiguração territorial da Amazônia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2019.0i46.a41932Palavras-chave:
Novos Estados, Fronteiras Internas, Agronegócio, Colonialismo, Amazônia.Resumo
Em 2011 foi realizado um plebiscito no estado do Pará para consultar a população acerca do interesse em dividi-lo em três: Pará, Tapajós e Carajás. Tomando esse processo como ponto de partida, neste artigo farei algumas considerações sobre interesses políticos e econômicos de longo prazo envolvidos na disputa em torno da reconfiguração territorial da Amazônia Brasileira. Através da análise de relatórios técnicos e de debates realizados no Congresso Nacional no contexto da aprovação da realização do plebiscito pela criação dos estados de Tapajós e Carajás apresentarei uma etnografia voltada às ideias e significados particulares (re)produzidos através do exercício do poder estatal (GEERTZ, 1991), buscando demonstrar como uma determinada “imagem” de Amazônia (OLIVEIRA, 2008, 2016) – fruto de representações duráveis produzidas no marco de processos colonialistas de longa duração – foi acionada e agenciada politicamente ao longo da disputa pela reconfiguração territorial da região.
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