As narrativas do movimento negro no campo político brasileiro: do protesto à política institucionalizada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2020.i50.a42029

Palavras-chave:

Narrativas, Movimentos sociais, Política, Estatuto da Igualdade Racial

Resumo

A aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, em 2010, representou um avanço no debate das questões raciais no Brasil. As narrativas usadas pelo movimento negro tiveram um papel estratégico nesse processo. Nesse artigo, examinamos as narrativas através das quais o movimento negro se legitimou como um ator político legítimo. Buscamos contribuir para a literatura dos movimentos sociais trazendo as narrativas como estratégias essenciais para pautar demandas e atingir resultados na sua relação com o Poder Público. Utilizamos como fontes de informação entrevistas com representantes do movimento negro e documentos disponíveis. O estudo mostra que os ativistas operaram dentro dos limites discursivos do campo político e aproveitaram as oportunidades políticas sinalizadas pelo Estado, reconhecendo-os e legitimando-os como agentes políticos. Enfatizamos também, as circunstâncias que possibilitaram a unificação de um discurso e a concertação para uma narrativa para que os negros se tornassem protagonistas nesse debate.

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Biografia do Autor

Joana Tereza Vaz de Moura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009) e Pós-doutorado em Sociologia pela New York University (2017). Professora do Departamento de Políticas Públicas do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Paulo Cesar Ramos, Universidade de São Paulo

Doutorando em Sociologia na Universidade de São Paulo.

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Publicado

2020-12-22

Como Citar

Moura, J. T. V. de, & Ramos, P. C. (2020). As narrativas do movimento negro no campo político brasileiro: do protesto à política institucionalizada. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, (50). https://doi.org/10.22409/antropolitica2020.i50.a42029

Edição

Seção

Artigos