Conflito e consenso pelo acesso aos recursos naturais no extrativismo da mangaba

Autores

  • Dalva Maria da Mota
  • Heribert Schmitz
  • Josué Francisco da Silva Junior

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2011.0i31.a42158

Palavras-chave:

catadoras de mangaba, conservação in situ, alianças, disputas.

Resumo

Nosso objetivo neste artigo é analisar os processos de disputa pelo acesso aos recursos (terra, plantas e serviços) entre os atores relacionados ao extrativismo da mangaba em Sergipe. A partir de uma experiência de pesquisa e intervenção, diferentes situações foram tomadas como objeto de observação no período 2003-2010. Entrevistas abertas e histórias de vida foram realizadas com atores-chave. As principais conclusões mostram que a mobilização das catadoras, apoiada por agentes externos, influenciou na construção da visibilidade social das mesmas e na intensificação dos conflitos com proprietários de terra e outros. O motivo central dos conflitos é a apropriação dos frutos e o corte das plantas. Neste processo, foi evidenciado o antagonismo entre dois projetos: 1. os que defendem a coexistência do extrativismo com outros modos de acesso aos recursos, valorizando o papel das catadoras na conservação dos recursos in situ; e 2. os que defendem a domesticação das plantas em áreas privadas com crédito e assistência técnica para diferentes tipos de produtores com terra (catadoras e demais), em detrimento do extrativismo.

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Como Citar

da Mota, D. M., Schmitz, H., & da Silva Junior, J. F. (2012). Conflito e consenso pelo acesso aos recursos naturais no extrativismo da mangaba. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, (31). https://doi.org/10.22409/antropolitica2011.0i31.a42158

Edição

Seção

Artigos