A vida nas paredes pobres: sentidos, usos e contradições da street art enquanto política urbano-cultural
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i2.a49722Palavras-chave:
Graffiti, Bairros Sociais, Desenvolvimento urbano, Descentralização Cultural, TuristificaçãoResumo
Ao andar pelas ruas de bairros afastados da região central de Lisboa, não é difícil deparar com grandes murais que compõem uma nova estética urbana em bairros periféricos. A cidade que se pensa colorida, regada pelas margens do rio Tejo, fez do colorido dos muros uma política de descentralização urbano-cultural através da criação de espaços como a Galeria de Arte Urbana (GAU), que funciona desde 2008 para promover a street art. Neste artigo busco debater os sentidos, usos e contradições que envolveram três experiências de realização do Festival Muro em bairros sociais, afastados da centralidade turística do território lisboeta. Através de uma etnografia de processos visuais em contradição, busquei perceber os efeitos que tais projetos de transformação da paisagem tiveram na vida dos bairros. Por fim, reflito sobre os possíveis impactos desses grandes projetos de muralismo vinculados tanto à descentralização cultural, quanto ao desenvolvimento urbano.
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