Elites em disputa: políticas culturais e a relação entre Brasil e Unesco nos anos 1960
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2021.i53.a49844Palavras-chave:
Elites, Unesco, Políticas Culturais, Antropologia Histórica do EstadoResumo
O presente artigo analisa uma missão de especialistas da Unesco em 1968 ao Brasil que tinha por objetivo produzir um diagnóstico da situação das políticas culturais. Para além de uma descrição da missão em si, eu analiso os diversos agenciamentos em torno dos relatos produzidos pelos especialistas até a produção do relatório final. O objetivo geral deste texto, assim, é refletir sobre a maneira como uma elite local se apropria de ações e diagnósticos da Unesco, transformando-os em capital político. Nesse cenário, é possível observar como os projetos da elite – no caso, a criação de um Ministério da Cultura – são impactados pelo contexto político de modo direto, mostrando como há um campo de possibilidades que restringem ou possibilitam essas ações.
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