Políticas de memória e práticas forenses: desaparecimento, desigualdades e produção da verdade na Argentina e Brasil
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i2.a53251Palavras-chave:
Desaparecimento, Identificação, Violência, Direitos Humanos, Transição políticaResumo
Neste artigo, colocamos em perspectiva comparativa as iniciativas de busca e identificação de pessoas desaparecidas empreendidas no Brasil e na Argentina como parte das políticas transicionais voltadas às vítimas das ditaduras vigentes nesses países entre as décadas de 1960 e 1980. A análise recai sobre os trabalhos do Equipo Argentino de Antropología Forense (EAAF) e do Grupo de Trabalho Perus (GTP) no Brasil, com foco nos dados produzidos pelas respectivas equipes em pesquisas realizadas em duas localidades específicas: o cemitério de Avellaneda, na província de Buenos Aires, e o cemitério de Perus, na cidade de São Paulo. O objetivo é problematizar a transição ditadura/democracia a partir da produção forense de evidências sobre a repressão e suas vítimas, iluminando processos sociais que levam à atribuição desigual de relevância aos mortos e seus corpos.
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