Contracolonialismo, etnopolítica e políticas públicas: cartas e etnogovernança quilombola
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica.i.a55381Palavras-chave:
Políticas identitárias, Governança, Associativismo quilombola, Resistência quilombola.Resumo
Neste artigo buscamos compreender e retratar como a atuação política do Conselho Quilombola da Bacia e Vale do Iguape, que reúne comunidades situadas no município de Cachoeira, Bahia, tem resultado em significativos ganhos políticos, sociais e culturais que evidenciam a aquisição de poder político por parte de seus membros nos termos de uma etnogovernança comunitária. No conjunto de ações etnopolíticas ali desenvolvidas, a denominada Carta Quilombola, que desde 2015 vem sendo construída coletivamente por ocasião do “Encontro de Lideranças de Comunidades Quilombolas do Território de Identidade do Recôncavo”, constitui um dos mais importantes instrumentos de mobilização política, avaliação e formulação de suas reivindicações. Nossa compreensão é de que as ações etnopolíticas desenvolvidas pelos grupos constituem elemento fundamental na resistência contracolonialista, na busca de conquistar e assegurar àqueles quilombolas os direitos de cidadania que lhes são assegurados pelas leis brasileiras.
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