Tiranias da intimidade: impasses em torno da revista íntima de travestis presas
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica.i.a55613Palavras-chave:
Travestis, Gênero, Prisões.Resumo
Este artigo explora os impasses que surgiram com o processo de elaboração e aplicação de novas resoluções para o atendimento à população LGBT no sistema penitenciário e socioeducativo de Minas Gerais. Essas resoluções estabeleceram, entre outras recomendações, que as revistas íntimas de travestis e transexuais deveriam ser realizadas exclusivamente por agentes de segurança mulheres. Em vista dessa nova normativa, analiso as controvérsias levantadas pelas agentes femininas, que se recusaram a realizar tais procedimentos de segurança e convocaram uma audiência pública para tratar do tema, alegando “violência de gênero” contra a categoria profissional. Assim, a partir de incursões etnográficas na ala LGBT de uma unidade prisional masculina e na audiência pública em questão, discuto a natureza complexa dos modos de regulação moral das expressões de gênero e sexualidade próprios das querelas em torno da gestão cotidiana de travestis presas.
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