Espaços de rupturas e territórios de violência: notas sobre como a Palestina resiste às tragédias impostas por Israel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2024.v56.i3.a57976

Palavras-chave:

Nacionalismo, Sionismo, Palestina, Prisão, Necropolítica.

Resumo

A Palestina se tornou uma grande prisão a céu aberto a partir de diversos mecanismos colocados em ação pelo sionismo, dentre eles o muro da Cisjordânia, checkpoints e as próprias prisões. Este artigo tem como objetivo demonstrar de que, em toda relação de poder, existe espaço para rupturas e resistência, ainda que essas sejam reduzidas por determinadas condições, por exemplo, estar preso. E através de um levantamento bibliográfico e análise de imagens evidenciamos as violências que os palestinos são submetidos por Israel e sua ideologia sionista e de como lutam pela liberdade, soberania do seu povo e pelo seu território.E que a resistência é multifacetada e ocorre, por exemplo dessa com os desenhos feitos por Zuhdi Al Aduwi e Mohammed Roukwie, prisioneiros palestinos, na cadeia de Ashkelon na década de 1980, as greves de fome, as fugas de prisioneiros de cadeias e a luta da rede de apoio dos prisioneiros palestinos.

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Biografia do Autor

  • Maiara Diana Amaral Pereira, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutoranda em Antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais.

  • Marina Rute Pacheco, Pesquisadora autônoma

    Doutora em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Politicos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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Publicado

2024-08-28

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Espaços de rupturas e territórios de violência: notas sobre como a Palestina resiste às tragédias impostas por Israel. (2024). Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, 56(3). https://doi.org/10.22409/antropolitica2024.v56.i3.a57976