A atuação dos Grupos de Consumo Responsável no Brasil: Expressões de práticas de resistências e intercâmbios em rede
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2016.0i41.a41835Keywords:
consumo responsável, resistência, redes.Abstract
O artigo pretende refletir sobre as experiências dos grupos de consumo responsável no país, examinando sua proposta de discutir um outra forma de consumo, o papel dos consumidores e suas articulações, em específico a Rede Brasileira de Grupos de Consumo Responsável em âmbito nacional, para entender sua atuação e diversidade de características. Parte-se do entendimento de que o consumo pressupõe escolhas e, dessa forma, pode ser entendido como um ato político na medida em que tem a capacidade de contribuir para a transformação social ou favorecer a manutenção das dinâmicas sociais. As experiências em análise são formadas por pessoas que se organizam coletivamente para incorporar ao ato da compra critérios éticos, políticos, sociais e ambientais, constituindo-se numa alternativa de resistência cotidiana às práticas convencionais de produção, comercialização e consumo, com motivações que transcendem a esfera individual. Utilizou-se a perspectiva das multidimensionalidades da escolha do consumo, das dinâmicas de redes, da sociologia econômica e do caráter político do consumo. Destaca-se que, apesar de pouco numerosos, os grupos de consumo responsável têm um papel que vai além de entreposto comercial e entendem o consumo de produtos agroecológicos, da agricultura familiar e da economia solidária como apoio ao fortalecimento de outro modo de produção e relações sociais. Sua atuação política abrange a participação em espaços políticos formais, a dinâmica cotidiana da autogestão, a aproximação entre consumidores e produtores e a proposta de atuação em rede sustenta, integra e potencializa tais ações.
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