O resgate das urnas: o histórico da luta munduruku contra a morte de seus lugares sagrados

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i1.a45853

Keywords:

Munduruku, Hidrelétricas, Lugares sagrados

Abstract

Nos últimos anos, com o avanço dos grandes projetos de desenvolvimento sobre a bacia do rio Tapajós, povos indígenas e comunidades tradicionais vêm testemunhando a destruição de paisagens que compõem sua territorialidade. O povo Munduruku deparou-se com a destruição de seus Ipi Cekay’Piat (“lugares sagrados”) e com a retirada de Itiğ’a (urnas funerárias) durante a construção de usinas hidrelétricas no rio Teles Pires, iniciada em 2012. Em face das tragédias provocadas por essa interferência em lugares onde não se deve mexer, os Munduruku que vivem em Terras Indígenas no alto e médio Tapajós foram convocados por wamõat (pajés) e espíritos para atuarem em uma batalha contra a aniquilação de seus mundos. O artigo pretende apresentar recentes composições cosmológicas, escatológicas e rituais emergentes nas ocupações do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica São Manoel, no rio Teles Pires e no resgate das Itiğ’a Wuyjuyū (urnas funerárias Munduruku) do Museu de História Natural de Alta Floresta (MT).

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Rosamaria Santana Paes Loures, Universidade de Brasília

Doutoranda em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília.

Fernanda Cristina Moreira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda em Antropologia Cultural no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Published

2022-04-01

How to Cite

Loures, R. S. P., & Moreira, F. C. (2022). O resgate das urnas: o histórico da luta munduruku contra a morte de seus lugares sagrados. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, 54(1). https://doi.org/10.22409/antropolitica2022.i1.a45853