O coletivo Manifesto Crespo e as potencialidades das intervenções antirracistas na cidade de São Paulo

Autores

  • Debora Visini Universidade Estadual de Campinas, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.63659

Palavras-chave:

Coletivos, Intervenções, Espaço Público, América Latina, Arte e ativismo.

Resumo

O principal objetivo da entrevista é apresentar o coletivo Manifesto Crespo de maneira abrangente, mostrando como as produções do coletivo podem ser lidas como trabalhos que se relacionam às interfaces e potencialidades crítico-epistêmicas da Arte enquanto instrumento de subversão, renovação e reinvenção constante, e que possibilitam a produção de narrativas e projetos de mundo diversos, oportunizando uma mudança macro e micropolítica, além do grande potencial de subjetivação relacionado às intervenções produzidas no espaço público, mas também, e de maneira basilar, a produção que é realizada de maneira comunitária. O foco de interesse e convergência da entrevista são as práticas de arte nos espaços públicos, demonstrando que nestes gestos criativos e ativistas, e sobretudo, pautados em uma produção comunitária, o coletivo inverte o sentido colonial das práticas de apropriação (que foram e são utilizadas pelo pensamento hegemônico, eurocêntrico, eugenista, cisheteronormartivo, entre outros) e reinventam suas próprias formas de reapropriação a partir da sua potencialidade de produção artística.

Biografia do Autor

Debora Visini, Universidade Estadual de Campinas, Brasil

Débora Visini é doutoranda na Unicamp, obteve seu mestrado em 2017 na Universidade Federal da Paraíba, bacharelado (2013) e licenciatura (2015) em História na Universidade de São Paulo, e desde então atua como professora de diferentes disciplinas na área das Artes e Humanidades, como Artes Visuais, Ética e História nos ensinos médio, técnico e superior. Como pesquisadora acadêmica, está interessada na ação de coletivos de mulheres e dissidências de sexo e gênero na esfera pública da América Latina e seus temas basilares de pesquisa são intervenções, política e o uso de novas tecnologias através do design e das artes visuais contemporâneas.

Referências

SANTOS, Luiza Fabiana dos, “Pisando em espinhos e colhendo rosas” (p. 240-242), no livro da saúde das mulheres negras: nossos passos vêm de longe, organizada por Jurema Werneck, Maisa Mendonça e Evelyn C. White. Estudo disponível em: https://www.iscap.pt/cei/e-rei/n9vol1/artigos/Izabel%20da%20Cruz%20Santos_O%20Pensamento%20das%20Mulheres%20Negras%20no%20Brasil.pdf) (Acessado em 07/07/24).

SILVA, Célia Regina Reis da. Crespo insurgentes, estética revolta, memória e corporeidade negra paulistana, hoje e sempre. Tese de doutorado em História Social – PUC -SP, 2016.

https://www.lapora.sociology.cam.ac.uk/pt-br. (Acessado em 07/07/24).

https://www.juizasnegrasparaontem.com.br/ (Acessado em 07/07/24).

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Publicado

2024-11-01

Como Citar

VISINI, D. O coletivo Manifesto Crespo e as potencialidades das intervenções antirracistas na cidade de São Paulo. arte :lugar :cidade, v. 1, n. 2, p. 201-213, 1 nov. 2024.